Dirigentes da Associação dos Funcionários, Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal - AFABB-DF estiveram presentes, no último dia 13, no 10º Encontro Sulbrasileiro de AFABB’s, em Balneário Camboriú (SC). Organizado pela coirmã de Santa Catarina, o evento teve como anfitriãs as associações de Itapema, Joinville, Paraná e Rio Grande do Sul.
A programação elegeu como temas a situação da Cassi e o momento atual da Previ. A AFABB-DF foi representada pelo presidente Arnaldo Menezes, pelo diretor José Mariano e pelo assessor Osmar Fumagalli. O painel Cassi foi conduzido por Sérgio Faraco, presidente do Conselho Deliberativo da entidade, e Luiz Satoru Ishiyama, diretor de Saúde e Rede de Atendimento.
Ambos focaram as dificuldades de liquidez e solvência da Cassi – cujo deficit acumulado atingiu R$ 105 milhões em abril deste ano – e apresentaram nova concepção de modelo assistencial e arquitetura organizacional construída por técnicos da própria entidade, como contraposição à proposta do banco submetida à governança da Caixa em 1o de junho de 2018.
Enfático ao discorrer sobre a crise vivenciada pela Cassi, Satoru ressaltou que a nova proposta: não aumenta custos; mantém a paridade entre eleitos e indicados na governança da entidade; reforça a área da tecnologia da informação (TI); privilegia a atenção integral à saúde, a solidariedade e a alternância na presidência do Conselho Deliberativo; e não considera o “voto de qualidade” para o Conselho Deliberativo.
A novidade na proposta é a contribuição por dependente. O tema é motivo de recorrentes discussões porque o patrocinador contribuiria para dependentes dos ativos, mas não para os dependentes dos aposentados, o que representa quebra da isonomia. Essa forma também constou na proposta do banco e seria consequência das resoluções CGPAR 23/2018 e CVM 695.
Na proposta final da Cassi, a contribuição por dependente aparece escalonada por faixa de renda e percentuais incidentes sobre o Valor de Referência por Dependente (VRD), fixado em R$ 342,54. Haveria um teto contributivo de 7,5% como limite de comprometimento de renda dos associados.
Apenas sobre as contribuições relativas aos dependentes dos funcionários em atividade, o banco aportaria, adicionalmente: em 2018-2019, 80% do VRD; em 2020-2021, 75% do VRD; e a partir de 2022, 70% do VRD, em caráter permanente.
Para o diretor Satoru, “ao lado das premissas do modelo assistencial e de outras medidas já em curso, o aporte por dependente (associados e banco) injetaria dinheiro novo para o desejável equilíbrio das obrigações da Cassi, ao menos pelos próximos cinco anos”.
O painel sobre a Previ contou com Márcio de Souza (diretor administrativo), Sérgio Riede (conselheiro deliberativo) e Paula Goto (diretoria de planejamento).
Cenários econômicos e financeiros, números e objetivos estratégicos, redução da taxa de carregamento do Previ Futuro, riscos e tolerância nos investimentos e desinvestimentos e o desafio de entregar mais receitas para atender o compromisso com o pagamento de benefícios foram os temas predominantes na fala dos emissários da Previ.
Atenção semelhante se atribuiu aos esforços em andamento para atualização da plataforma de tecnologia (TI), peça estratégica à maior eficiência dos negócios da fundação.
Como consequência de turbulências nos mercados, esclareceu o diretor Márcio de Souza, “o Plano 1 contabilizou déficit acumulado de R$ 7,1 bilhões em maio passado, revertendo superávit de R$ 1,7 bilhão em março”. “Uma situação conjuntural que não traz riscos de medidas de equacionamento do plano”, acrescentou Souza.
Para o presidente da AFABB-DF, Arnaldo Fernandes de Menezes, o encontro atingiu plenamente seus propósitos. “É com prazer que parabenizo os dirigentes da associação organizadora e das anfitriãs, bem como todos os demais colegas que, mercê do seu compromisso, contribuíram para a qualidade do evento”, destaca Menezes.
Ascom | AFABB-DF