Desde o início de 2018 agravou-se substancialmente a situação da Caixa de Assistência com riscos de natureza financeira, de liquidez e de cumprimento das suas obrigações correntes. O Plano de Associados, em especial, atravessa situação delicada em relação ao seu custeio, fato que vem sendo objeto de intensas discussões.
No início de junho passado e a partir de diagnóstico da Consultoria Accenture, contratada nos termos do Memorando de Entendimentos firmado em outubro de 2016, o banco apresentou à governança da Cassi proposta de reformulação da arquitetura organizacional e dos modelos de governança e de custeio.
Uma proposta subordinada a diretrizes e parâmetros de determinações da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União, através da Resolução CGPAR 23/2018. Na essência, uma proposição que impõe ônus rigorosos aos aposentados e pensionistas.
A governança da Cassi desenvolveu proposta alternativa que vem vendo avaliada e aperfeiçoada a partir de contribuições das entidades representativas dos funcionários em atividade, aposentados e pensionistas. Nesta terça-feira 11, a versão desse documento será apresentada às entidades.
A título de subsídio sobre as dificuldade do Plano de Associados, reproduzimos a avaliação do consultor Hélio Augusto Mazza, diretor do Grupo Salutis, empresa especializada em saúde suplementar que desde 2006 faz a avaliação atuarial da Caixa de Assistência, estudando comportamento de despesas, receitas, uso do plano e custo por perfil populacional.
Para o diretor da Salutis, “a Cassi tem um modelo de assistência bem sucedido, mas perdeu sustentabilidade econômica financeira e o Plano de Associados impõe riscos de liquidez que ameaçam o cumprimento de obrigações correntes pela operadora”.
Em vídeo, Mazza fala da situação atual do Plano de Associados e de medidas necessárias para garantir a continuidade da prestação de serviços nos padrões atuais. Clique aqui para assistir.
“É um excelente produto, com gama de benefícios muito grande, porém a forma atual de financiamento destes benefícios faz com que a conta não feche”, aponta o consultor.
A AFABB-DF vem acompanhando de perto o desenrolar do assunto, inclusive com sugestões para uma solução que minimize eventuais ônus para os associados.
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Com informações da Cassi