Passados cinco longos meses desde a última reunião de negociações, na segunda-feira (18/07) foi reaberta a mesa que debate com o Banco do Brasil a sustentabilidade da Cassi.
Segundo comunicado divulgado pela Contraf-CUT nesta terça-feira (19/07), a representação dos funcionários voltou a cobrar do banco o andamento dos projetos de ações estruturantes e medidas emergenciais de reforço de caixa para a Cassi. O objetivo, evitar corte de benefícios e falta de atendimento. A mesa reafirmou que os projetos precisam de continuidade.
Esses projetos, acrescenta a Contraf, integram o Programa de Excelência no Relacionamento desenvolvido pela Cassi e incorporam os seguintes pontos: aperfeiçoamento dos mecanismos de regulação, gestão da rede de prestadores, acesso qualificado através do sistema integrado de saúde, gestão integrada de informações de estudos estatísticos e atuariais, aperfeiçoamento dos processos orientados ao sistema de saúde Cassi e novos planos.
O banco informou que estaria conduzindo parte das análises dos projetos com base nos dados então disponíveis, e avaliaria como efetivar os aportes financeiros.
Também foi cobrada do BB a apresentação de proposta de sustentabilidade de longo prazo, além de reafirmados os princípios balizadores da negociação e os consensos construídos ao longo do processo: princípio da solidariedade, investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde através da Estratégia Saúde da Família, garantia de atendimento para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas e corresponsabilidade entre o banco e os associados.
Propostas de cunho emergencial para garantir reforço de caixa, uma vez que exauridas as reservas livres, foram apresentadas para análise do banco, segundo a nota emitida pela Contraf. Discutiu-se também proposta de antecipação do SiBET, ou seja, valores oriundos de contribuição patronal e pessoal a partir do resgate do saldo do BET na Previ. A medida anteciparia recursos sem prejuízo aos associados.
A representação dos funcionários exigiu novamente que sejam feitas contribuições para a Cassi sobre os acordos trabalhistas judiciais e extrajudiciais, e que o banco volte a analisar a alternativa de antecipação de contribuições.
Em relação às propostas de cunho emergencial ⎼ informa a Contraf ⎼ ainda nesta semana o banco se reunirá com a diretoria da Cassi para discutir medidas ora sob análise técnica e jurídica. O banco teria confirmado, como única medida possível de antecipação, o adiantamento proposto pela mesa de negociação sobre a parte patronal do 13º.
Nova rodada de negociação foi agendada para o dia 1º de agosto.