A existência de operações fraudulentas em uma emissão de R$ 72 milhões em debêntures, que resultou em prejuízo ao Postalis [o fundo de pensão dos funcionários dos Correios], será alvo de um novo processo sancionador por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), noticiou o jornal Valor Econômico, esta terça-feira (09/10).
Documento obtido pelo veículo aponta que a oferta foi planejada com objetivo de obter ganho ilícito da operação. O Postalis acumula denúncias de má gestão, corrupção e fraude que contribuíram para o déficit atual de quase R$ 7 bilhões no plano de benefício definido e o levaram à intervenção determinada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
A fundação também foi um dos alvos da Operação Greenfield, em 2016, que apurou desvios de recursos nas principais fundações do país. O novo processo surgiu a partir de investigações iniciadas em 2014, com objetivo de apurar irregularidades detectadas pela Superintendência de Fiscalização em instituições ligadas ao grupo BNY Mellon, que atuaram na emissão da RO Participações e na aquisição de títulos pelo fundo de investimento Pacific.
O BNY era gestor e administrador da carteira. E a emissão, realizada em 2012, seguiu o rito da instrução 476, por se tratar de oferta com esforços restritos de colocação e, portanto, sem necessidade de registro do regulador. A captação de R$ 72 milhões por meio da emissão de debêntures foi usada pela RO para financiar a aquisição de 30% do capital social da consultoria Risk Office.
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