Certos de que o crescente déficit da previdência impactará as aposentadorias no futuro, servidores federais estão abrindo mão do regime próprio de previdência social – o que lhes daria aposentadoria integral pelo último salário – e resolvem migrar para a previdência complementar. A notícia foi publicada no jornal Valor Econômico, no último dia 14.
Segundo a Funpresp, órgão que administra a previdência complementar dos servidores federais do Poder Executivo, 2.767 servidores públicos federais saíram do regime próprio de previdência social até 30 de abril. Deste total, 75% - ou seja, 2.065 servidores – aderiram à previdência complementar.
A migração é adotada inclusive por servidores que tomaram posse antes da mudança no regime previdenciário de 4 de fevereiro de 2013, que limitou a aposentadoria do funcionário público ao teto do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), com opção de contribuir em separado para a previdência complementar dos servidores.
Para esses funcionários, faltará dinheiro no futuro para pagar aposentadorias. “Dinheiro adquirido e expectativa de direito são robustos conceitos jurídicos, mas fragilíssimos conceitos econômicos. Não há ordem judicial que faça aparecer um dinheiro que não há”, escreveu em artigo o analista Paulo Portinho, contratado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde 2012, que migrou para a previdência complementar.
Acesse a íntegra da matéria do Valor: https://bit.ly/2kiL4h5
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