As operadoras dos planos de saúde avaliam que o custo elevado dos tratamentos médicos do país pode estar associado à corrupção no setor, noticiou o jornal Correio Braziliense, no domingo (06/08). O segmento aponta uma série de irregularidades e abusos cometidos ao longo dos anos.
Entre eles, está o superfaturamento nos preços dos procedimentos, materiais e medicamentos, além de órteses e próteses. Segundo a publicação, executivos do setor de saúde ligam as distorções à cobrança de propinas e comparam o rombo ao encontrado pela Operação Lava Jato no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
Por outro lado, entidades que representam os hospitais reclamam que os estabelecimentos são mal remunerados pelos convênios e destacam que as empresas têm mecanismos de controle para coibir as irregularidades. “No meio dessa guerra”, diz o texto, “os consumidores são obrigados a arcar com altos custos e atendimentos nem sempre satisfatórios”.
A reportagem assinala que uma série de medidas contra a corrupção na saúde não saíram do papel. Entre elas, uma lei que criminalizaria as fraudes, diversas ações da Anvisa sem conclusão e o registro do preço de origem dos produtos na agência, medida que foi regulamentada, mas não adotada.
ASCOM AFABB-DF