A operação Greenfield, da Polícia Federal e do Ministério Público, que nos últimos meses revelou desvios de até R$ 8 bilhões relativos a investimentos dos quatro maiores fundos estatais do país, está provocando a troca de gestores das fundações considerados problemáticos, aponta reportagem publicada no último dia 12 pelo jornal Valor Econômico.
Três dos quatro grandes fundos estatais já trocaram seus gestores, em resposta a Greenfield. A ideia, de acordo com o Valor, é desvincular a imagem da indústria como um todo dos fundos ligados às estatais – que, além de serem investigados pela PF e pelo MP por suspeita de desvio de verbas, são questionados sobre a qualidade e vulnerabilidade na gestão de recursos.
Trata-se, segundo a reportagem, de fundos com alta exposição à renda variável, investimentos estruturados e em imóveis. Alguns compraram ativos de empresas que quebraram ou que não são lucrativas e possuem déficits bilionários. É o caso da Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Postalis (Correios).
Juntos, esses fundos representam quase 40% da indústria, que tem mais de 260 entidades. Também criticada, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) lançou, em setembro, um código de autorregulação em governança de investimentos, uma semana após a PF deflagrar a Operação Greenfield.
Veja a reportagem completa do Valor: http://bit.ly/2grK6KZ
ASCOM AFABB-DF