O médico Drauzio Varella escreveu um texto, em sua coluna publicada pela Folha de S. Paulo no último dia 26, no qual critica o grande número de exames “inúteis” realizados por pacientes no SUS e na Saúde Suplementar, o que implicaria em gastos desmedidos que, segundo ele, tornarão ambos os sistemas “inviáveis antes do que imaginamos”.
Para Drauzio, essas distorções se devem a atitudes tomadas no dia a dia por pacientes, médicos e até pelas próprias operadoras. O colunista afirma, por exemplo, que os doutores poderiam emitir menos receituários e realizarem mais exames individuais. “Dá menos trabalho do que avaliar as características e a intensidade da dor, os fatores de melhora e piora, e palpar o abdômen com atenção”, assinala.
O resultado disso é que, em grandes laboratórios, mais de 90% dos resultados caem dentro da faixa de normalidade, de acordo com Drauzio. Também contribui para o elevado custo da medicina o fato de, nas faculdades, não haver qualquer ensino elementar de economia e do preço dos tratamentos. “Nos hospitais-escola, o descompromisso com a realidade econômica é universal”, aponta o médico.
Drauzio alerta ainda que este descontrole é perigoso porque os recursos públicos destinados à saúde – pagos, portanto, por toda a população por meio de impostos – são insuficientes. Já nos planos de saúde, a diferença é que os gastos elevados acarretam no aumento das mensalidades.
“A viabilidade do SUS e da Saúde Suplementar não será alcançada por meio de ideologias, mas com medidas práticas que reduzam os custos da assistência médica e com intervenções preventivas para evitar que as pessoas fiquem doentes”, finaliza o colunista.
Leia aqui a íntegra do texto: http://bit.ly/2gwgqOu
ASCOM AFABB-DF