O governo realizou, no últimos quatro meses, trocas nas diretorias de três dos quatro maiores fundos de pensão estatais do país, noticiou o jornal Valor Econômico no último dia 17. A medida vai na contramão do que o então governo interino havia anunciado, no sentido de congelar as nomeações até a aprovação da Lei de Responsabilidade dos Fundos de Pensão, parada há três meses na Câmara dos Deputados.
A primeira nomeação se deu ainda em julho, no Postalis, que é responsável pelas aposentadorias de funcionários dos Correios. Ligado ao PMDB, o economista André Motta deixou a diretoria de investimentos para assumir a presidência do fundo. Para o seu lugar, foi nomeado Christian Scheneider, do PSD, mesma legenda do presidente dos Correios, Guilherme Campos.
No mês seguinte, foi a vez de Walter Mendes trocar a cadeira de membro do conselho de administração do Petros, o fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobras, pelo comando da fundação. Mais recentemente, Sérgio Mendonça, ligado ao PT, deu lugar a Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo PP, no comando da Funcef, o fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal (CEF).
A fundação foi uma das mais atingidas pela Operação Greenfield, da Polícia Federal, que investiga suposto esquema de fraude e, em setembro, prendeu dois ex-diretores da Funcef. Com a operação, Paulo Cesar Cândido Werneck, com atuação no mercado financeiro, assumiu a diretoria de investimentos e Renato Villela, ex-secretário de Fazenda do Rio de Janeiro e de São Paulo, foi para a de Participações Societárias e Imobiliárias.
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ASCOM AFABB-DF