A ameaça de judicialização em torno das dívidas do FIP Sondas, controlador da Sete Brasil, tem gerado preocupação para os fundos de pensão com participação na companhia, que atualmente está em recuperação judicial, informou o jornal Valor Econômico, na terça-feira (16/08).
Segundo o diretor da Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Antonio Augusto de Miranda e Souza, a regra atual de FIPs prevê a proteção de cotistas de obrigações da empresa, como passivos trabalhistas, fiscais ou dívidas com bancos e fornecedores.
Porém, ele não descarta a reversão dessas regras caso o problema chegue à Justiça. “Existe o risco de que na Justiça se derrube a proteção do fundo e isso recaia sobre o cotista, que na verdade não é nada mais que o acionista, travestido de investidor”, reconheceu o diretor da Funcef, ao Valor.
O encaminhamento, contudo, dependeria do posicionamento dos credores a respeito do plano de recuperação judicial da Sete Brasil. O balanço financeiro do ano passado da Sete Brasil aponta que a dívida líquida da empresa alcança R$ 17,2 bilhões.
Segundo o jornal, o FIP Sondas tem fatia de 95% na estrutura societária da empresa. Além da Funcef, a Petros e a Previ estão entre os cotistas. Há também investidores como o Valia (fundo de pensão dos funcionários da Vale) e os bancos Santander e BTG Pactual, bem como o FI-FGTS. Os 5% restantes pertencem à Petrobras.
Confira a íntegra da reportagem: http://bit.ly/2b16DPd
ASCOM AFABB-DF