Criada para fornecer sondas à Petrobras, a Sete Brasil não foi apenas uma empresa usada para desviar recursos públicos. Com participações de fundos estatais (como Previ, Petros e Funcef) e bancos (BTG Pactual, Bradesco e Santander), as atividades da companhia serviram também para criar uma “ilusão” para o público e o para o mercado.
A opinião, do jornalista Elio Gaspari, foi publicada em sua coluna na Folha de S. Paulo no último domingo (24/07). Para Gaspari, a Sete Brasil era “uma fabricação duvidosa na origem, anacrônica nos meios e perdulária nos fins”. Em razão disso, ao longo de dois anos, a empresa teria criado uma imagem de negócio sólido, ao mesmo tempo em que “marchava para a recuperação judicial”.
Na coluna, o jornalista lembra que o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, afirmou à CPI da Petrobras que auditores externos examinaram a empresa e nada acharam de anormal. Mas assinala que, ao mesmo tempo, dois de seus executivos estavam envolvidos com pagamento de propinas para políticos.
Gaspari ressalta que os bancos que investiram na Sete Brasil, bem como as empresas que pagavam propinas, têm ações no mercado. “A propagação de mentiras e fantasias em torno das atividades da Sete não ofendiam apenas os otários que lhes davam crédito. Iludiam também o mercado”, anotou o colunista.
Leia a íntegra da coluna: http://bit.ly/2awzIBx
ASCOM AFABB-DF