Em meio à instabilidade econômica e política que assola o país, os gestores dos maiores fundos de pensão do Brasil resolveram adotar estratégia conservadora para seus investimentos, noticiou esta segunda-feira (02/05) o jornal Valor Econômico.
Segundo a publicação, devido ao desempenho ruim dos ativos atrelados à economia real, os recursos dos planos de benefícios vão continuar a sair da renda variável em direção aos títulos públicos. É o caso das NTN-Bs, cuja rentabilidade é atrelada à inflação.
Ao todo, Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras), Valia (Vale) e as fundações de 15 empresas do setor elétrico paulista (Funcesp) detinham, até o fim do ano passado, R$ 335,5 bilhões. A cifra equivale a 46,5% do patrimônio do setor, que congrega 307 entidades.
Gestores ouvidos pelo Valor explicam que a opção pelos títulos públicos é “racional”. Segundo eles, os juros ofertados por esses papéis, nos últimos dois anos, se tornaram “muito convidativos” aos investidores institucionais, além de “casarem” com a necessidade de desembolso de benefícios futuros e a meta atuarial.
A ideia é que as entidades evitem déficits atuariais como os registrados nos últimos anos, o que colocaria mais risco na carteira sob perigo de aumentar os resultados negativos. Juntas, Previ, Funcef e Petros amargaram, no ano passado, déficit de aproximadamente R$ 40 bilhões.
O jornal ressalta que, em fevereiro de 2015, os fundos de pensão detinham 41% dos R$ 608,19 bilhões aplicados em títulos públicos federais pelo grupo Previdência. O levantamento, que usou como base dados do Tesouro Nacional, inclui ainda entidades abertas e regimes específicos de estados e municípios.
Veja a íntegra da matéria do Valor: http://bit.ly/1W2CMb3
ASCOM AFABB-DF