Mais de 100 mil trabalhadores da ativa e aposentados pagarão, a partir de maio, contribuição extra de 17,92% dos benefícios a fim de cobrir o déficit bilionário do Postalis, o fundo de pensão dos Correios. A despesa se estenderá por 23 anos, até 2039. A notícia foi publicada pelo jornal Valor Econômico esta quinta-feira (31/03).
A cobrança teve aval do conselho de administração da estatal na última terça-feira (29/03). A expectativa é que o primeiro desconto venha no salário que será pago em 30 de maio. Porém, sindicatos e associações de funcionários dos Correios devem contestar o desconto extra na Justiça.
O rombo do plano BD do fundo de pensão, que beneficiava empregados que entraram antes de 2005, somava R$ 5,6 bilhões até dezembro de 2014. O jornal assinala que a espiral de prejuízos do Postalis começou em 2011, devido principalmente a investimentos malsucedidos.
Após amargar perdas pelos dois anos seguintes, a direção da estatal elaborou, em 2013, um plano de equacionamento que previa contribuição extra de 3,94%. O déficit, contudo, continuou crescendo. O conselho do Postalis chegou a aprovar, no ano passado, uma fatura mais alta, de 25,98%, mas a decisão foi contestada na Justiça e a cobrança, adiada.
Segundo o Valor, o desconto será mais doloroso no caso do pessoal inativo. Para estes, que ganham também um valor do INSS, a cobrança de 17,92% incidirá sobre o recebimento da previdência complementar. Para os funcionários ativos, o percentual será aplicado em cima do benefício futuro a ser recebido no momento da aposentadoria.
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ASCOM AFABB-DF