Os fundos de pensão bancados por empresas públicas assumiram, entre 2005 e 2014, maiores riscos do que as entidades privadas e, como resultado, tiveram resultados negativos. É o que aponta reportagem do jornal Correio Braziliense publicada este sábado (26/03).
Apenas Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal) acumularam rombo de R$ 45,3 bilhões no período. Segundo o jornal, o prejuízo sobe para R$ 45,7 bilhões quando é levado em conta o déficit das cinco maiores entidades fechadas de previdência complementar patrocinadas por estatais.
Ouvido pelo Correio, o especialista Guilherme Benites, sócio da Aditus Consultoria Financeira, explica que, historicamente, fundos de estatais têm disposição para assumir mais riscos. Em geral, eles se dão por meio de investimentos em ações ou na participação de empresas.
O executivo ressalta que algumas entidades diversificaram as aplicações para tentar diluir as possibilidades de perda e aumentar a rentabilidade, enquanto as de empresas privadas foram mais cautelosas. Para Benites, parte dos déficits está ligada às normas para reajuste dos benefícios, que seguem as regras válidas para trabalhadores da ativa.
É o caso da Previ, o maior fundo de pensão da América Latina. Com R$ 167 bilhões em ativos, registrou superávits consecutivos entre 2005 e 2014, principalmente devido ao desempenho da carteira de renda variável, que corresponde à metade do patrimônio. No período de bonança, o fundo distribuiu R$ 25 bilhões aos participantes.
Seus associados ficaram ainda sete anos liberados de pagar contribuições e tiveram benefícios turbinados. Contudo, a piora do mercado de ações, a Operação Lava Jato e a queda no preço do minério de ferro afetaram a rentabilidade das aplicações da entidade em ações da Petrobras, da Vale e de outras companhias. Em 2015, a Previ teve déficit de 16,1 bilhões.
Acesse aqui a reportagem completa: http://bit.ly/1URVAJz
ASCOM AFABB-DF