Os três maiores fundos de pensão estatais do país – Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal) – acumularam prejuízo estimado em R$ 49,2 bilhões no ano passado, em grande parte devido a investimentos feitos em empresas por pressão de governos ou por influência de políticos.
É o que aponta reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada este domingo (20/03). A estimativa foi feita com base na nova safra de balanços das entidades, que revelou uma carteira contaminada pela crise política que atinge o Brasil. A matéria afirma que o déficit da Previ e Funcef alcançaram, respectivamente, R$ 16 bilhões e R$ 13,2 bilhões.
Embora não esteja fechado, o balanço da Petros deve ficar perto de R$ 20 bilhões, segundo o jornal. O principal motivo dos prejuízos seria a queda de ações de empresas, como a Vale, e apostas feitas em projetos centrais para o governo, como a Sete Brasil, Invepar, Belo Monte e Oi, além de empresas que nunca saíram do papel ou que exigem cada vez mais recursos para não quebrar.
A reportagem afirma que representantes dos pensionistas suspeitam que estas apostas aconteceram para atender interesses políticos, como os fundos FIP Global Equity, FIP Enseada e FIP Multiner. Suspeitas de corrupção envolvendo os fundos são investigadas em CPI instalada no Congresso. Juntos, Previ, Petros e Funcef administram R$ 292,5 bilhões, pertencente a 495 mil participantes.
Acesse a íntegra da reportagem da Folha: http://bit.ly/1UIafpt
ASCOM AFABB-DF