A Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) estima que os fundos de pensão tenham acumulado prejuízo de R$ 70 bilhões no ano passado. Deste total, os três maiores fundos estatais e do país – Previ, Funcef e Petros – devem responder por pouco mais de 60% do déficit, com perdas que chegam a R$ 40 bilhões.
A informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico na quarta-feira (16/03). Previ, Funcef e Petros têm, em comum, participação no FIP Sondas, o veículo de investimento na Sete Brasil. A empresa foi criada com objetivo de fornecer sondas para a Petrobras, mas enfrenta dificuldades financeiras após envolvimento na investigação da Operação Lava Jato.
O presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, afirmou ao Valor que, com a confirmação da projeção do déficit, o desequilíbrio nas contas de 2015 será 122,9% maior do que o registrado no ano anterior, que somou R$ 31,4 bilhões. Em 2013, o prejuízo havia sido de R$ 21,4 bilhões. O sistema tem, ao todo, 307 entidades de previdência complementar fechada.
De acordo com a Abrapp, 108 delas terminaram o ano no vermelho. Outras 115 fundações conseguiram manter as contas no azul, com superávit total estimado em R$ 10 bilhões. Segundo o Valor, os 84 fundos restantes não são submetidos a essas regras contábeis, uma vez que os participantes aportam uma contribuição definida e seu benefício é variável.
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