Levantamento da instituição de ensino Insper e da Spectra Investimentos aponta que aplicações dos fundos de pensão brasileiros em participações em empresas – conhecidas como private equity – foram realizadas em fundos de gestoras sem experiência. Em muitos casos, esses investimentos ficaram concentrados em um único ativo, o que aumenta o risco para as fundações.
A conclusão do estudo foi divulgada em reportagem publicada, esta quarta-feira (02/03), pelo jornal Valor Econômico. Segundo a professora do Insper Andrea Minardi, ouvida pelo Valor, o levantamento foi motivado pela crescente insatisfação demonstrada pelos fundos de pensão com o resultado dos investimentos.
Ao jornal, ela explicou que, “se o desempenho das fundações é ruim, o problema não está na classe de ativos, cujo histórico de retorno no país tem sido bom”. A pesquisa avaliou fundos de participações – identificados também pela sigla FIP – que receberam investimentos de 45 fundos de pensão, incluindo todas as grandes fundações ligadas a empresas públicas, no fim de 2014.
Na época, diz a reportagem, os investimentos dos fundos de pensão totalizavam R$ 9,5 bilhões. O levantamento revela que, de cada R$ 100 aplicados pelas fundações, R$ 84 acabaram destinados a gestores novatos. O jornal reforça que a prática é oposta a do mercado internacional, que busca investir em firmas com um histórico de pelo menos três fundos captados.
Outra característica apontada pelo estudo é a concentração em poucos ativos. De acordo com a matéria, quase 40% do volume aplicado teve como destino fundos que investiram em apenas uma companhia. Isto pode ocasionar problemas, como no caso do FIP que investiu na Sete Brasil, fornecedora de sondas para a Petrobras, cuja aplicação perdeu 67% do seu valor desde 2014.
Leia íntegra da reportagem: http://bit.ly/1QOfga4
ASCOM AFABB-DF