A concessionária de infraestrutura Invepar recebeu, com intuito de saldar suas dívidas, injeção de R$ 1 bilhão de três fundos de pensão: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal). A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no último dia 12.
A aplicação foi feita por meio de compra de títulos da dívida (debêntures), em novembro do ano passado. De acordo com a publicação, os fundos ficaram, cada um, com R$ 333 milhões da emissão, que alcançou R$ 2 bilhões. O outro R$ 1 bilhão veio da gestora canadense Brookfield e de bancos credores da Invepar.
Os fundos são sócios da Invepar, cada um com quase 25%. Os outros 25%, pertencem à construtora OAS, que passa por recuperação judicial após envolvimento no escândalo da Operação Lava Jato. A Invepar se endividou para vencer leilões de concessões e contava com oferta de ações para levantar R$ 3 bilhões e pagar os compromissos, diz a matéria.
Porém, com a crise, não conseguiu acessar o mercado de capitais. Segundo a Folha, em setembro do ano passado, a concessionária devia R$ 3,97 bilhões no curto prazo, mas recursos em caixa somavam apenas R$ 1,23 bilhão. Entre janeiro e setembro de 2015, a receita da Invepar caiu 9%, para R$ 3,8 bilhões, enquanto a dívida líquida atingia R$ 11,4 bilhões.
O jornal afirma que os fundos precisavam socorrer a empresa, mas não podiam aumentar sua participação, que está no limite permitido pelos regulamentos. A compra de debêntures, cujo rendimento é alto, foi a forma encontrada de “emprestar” os recursos.
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ASCOM AFABB-DF