A Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou indícios de repasses de propina a PT e PMDB em fundos de pensão, noticiou esta sexta-feira (08/01) o jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, a prática se assemelha ao esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, que envolve fornecedoras da Petrobras.
O sinal de alerta acendeu após a PGR apreender mensagens no celular do empreiteiro e ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Elas indicam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto, cobraram “vantagens indevidas” por operações de capitalização das empresas do grupo OAS, informa o jornal.
As suspeitas envolvem emissões de debêntures (título de dívida) que tiveram adesão de bancos estatais, fundos de pensão e o Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Desde 2010, empresas do grupo OAS emitiram quase R$ 3 bilhões em títulos.
Nos autos da Operação Catilinárias – espécie de desdobramento da Lava Jato –, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escreveu que a aquisição de debêntures emitidas pelas empresas ocorreu “por bancos ou por fundos de pensão onde há ingerência política”. “Tudo mediante pagamento de vantagem indevida aos responsáveis por indicações políticas”, afirma o PGR.
Leia a íntegra da reportagem da Folha: http://bit.ly/1n7HpC2
ASCOM AFABB-DF