Aconteceu nesta quinta-feira, 19/11, a retomada da mesa de negociações da Cassi entre entidades representativas do funcionalismo e o Banco do Brasil, após a conclusão dos acordos da Campanha Nacional dos Bancários.
As entidades reafirmaram ao Banco os consensos produzidos durante as negociações, como o investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde através da Estratégia Saúde da Família, o princípio da solidariedade como uma premissa fundamental do Plano de Associados, a garantia de cobertura para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas e, ainda, a corresponsabilidade entre BB e associados.
Foi informado ao Banco que em relação à proposta por ele apresentada houve grande divergência nas entidades no tocante à constituição [transferência para a Cassi] de um fundo para o pagamento do compromisso pós laboral, mesmo a mesa reconhecendo avanços nas discussões.
As entidades propuseram ao Banco estabelecer um cronograma de negociações mais intensivo e que sejam apresentadas novas propostas para serem discutidas, tanto no âmbito da sustentabilidade de longo prazo, como também questões financeiras emergenciais de forma que seja possível garantir o atendimento a todos os associados.
Os representantes dos funcionários afirmaram que o processo negocial está sendo positivo até o momento, por ter a mesa produzido formulações e concretizado soluções emergenciais na Cassi, além de inserir o debate no funcionalismo do BB.
A próxima reunião está agendada para o dia 03 de dezembro na sede do BB em Brasília.
Fonte: Contraf-CUT
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Avaliação da FAABB
Em face da aposentadoria do diretor Carlos Eduardo Leal Neri, o novo titular da Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Célio de Andrade Santos, agora representante do Banco na mesa de negociações, fez breve relato das proposições anteriormente postas à mesa pelo Banco.
Inclusive da transferência da obrigatoriedade de figuração, no balanço, da provisão contábil relativa ao valor de cobertura das contribuições patronais futuras, referentes ao Plano de Associados, abrangendo os participantes que se irão aposentar e os já aposentados.
A proposta original do Banco é a alocação desses recursos (hoje cerca de R$ 6,3 bilhões) na CASSI, para a formação de um fundo, ou seja, de um patrimônio, afetado, especificamente, mediante blindagem estatutária e regulamentar, para a cobertura dos benefícios assistenciais com os já aposentados e seus dependentes.
A presidente Isa Musa enfatizou que aposentados e pensionistas não concordam com tal transferência, por entenderem que aceitá-la é desobrigar o Banco de suas responsabilidades para com a saúde de aposentados e pensionistas. “Seria como se o Banco saldasse seus compromissos atuais e futuros com esse segmento e, mais, caracteriza a retirada do patrocínio do Banco à Cassi, a retirada da cobertura à saúde de aposentados e pensionistas, e que tal proposta é por nós repudiada veementemente”, defendeu Isa Musa.
No entanto, afirma a presidente da FAABB, é preciso encontrar uma solução para a CASSI, e não só para o déficit atual e o projetado. Mas, principalmente, para a sustentabilidade econômica e financeira. E para isso, solicitou ao diretor Carlos Célio que o Banco estude medidas emergenciais de cobertura do déficit, para que seja possível continuar buscando estratégias que assegurem a sustentabilidade da CASSI.
Evidentemente, acrescenta Isa Musa, “insistimos na necessidade de um calendário de reuniões, de modo que se acelere o processo de construção de propostas”.
Fonte: FAABB