A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) estuda um plano para desinvestimento em renda variável em prazo de sete anos, entre 2016 e 2023. É o que presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso, revela ao jornal Valor Econômico, em entrevista publicada esta terça-feira (13/10).
O executivo afirma que os fundos de pensão não podem “ser enxergados como os produtos da indústria financeira, de curto prazo”. “Temos investimentos de longo prazo e benefícios a pagar. Nos preços da bolsa hoje, vender seria realizar um prejuízo”, ressalta Genso.
“Continuamos comprados em ações, mas vamos preparar um desinvestimento gradual e lento, pois à medida que o plano vai ficando cada vez mais maduro, precisaremos da segurança da renda fixa para garantir o pagamento dos benefícios”, explica. Além de maior fundo de pensão do país, a Previ é o que mais investe em recursos de renda variável.
Dados do segundo semestre apontam que a fundação tem R$ 165 bilhões em investimentos. Deste montante, R$ 90,1 bilhões (ou 55%) estão aplicados em renda variável. No ano passado, a proporção era de 56% e, entre 2007 e 2013, ultrapassava os 60%. As aplicações em renda fixa respondem hoje por 35% do total, somando R$ 58,1 bilhões.
Ao jornal, Genso assinala ainda que o momento atual, de bolsa em baixa e juros em alta, oferece boas oportunidades para as fundações, o que é importante para que a indústria rediscuta suas regras. “Muitos fundos estão com problemas conjunturais”, lembra. “Mas alguns fundos podem ter três anos de déficit, fazer a equalização ano que vem e se recuperar em 2016, tendo inclusive que distribuir resultados em seguida”.
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