Como vimos divulgando em articulação com as demais AFABB’s, o cenário das finanças da nossa Caixa de Assistência indica uma situação muito delicada e já provoca apreensão e inquietação ao conjunto dos associados.
A preocupação chega a tal ponto que, nas negociações do dia 24 de julho passado, integrantes da mesa levantaram problemas de atendimento à saúde que já ocorrem com maior frequência e gravidade, diante do regime de contingenciamento do orçamento da Cassi.
E pediram maior flexibilidade nos casos excepcionais elevados ao Conselho Deliberativo, casos esses que têm deixado participantes sem atendimento, lembrando que a situação envolve sérios riscos à saúde de todos.
É de se acreditar que, face esse contingenciamento, mais uma vez a CASSI esteja lançando mão de suas reservas técnicas para cobrir despesas correntes. Tal fato agrava ainda mais a já insustentável situação.
E o que faz o Banco? Como no início das negociações, continua exercendo pressão com a proposta de transferir o fundo de R$ 5,83 bilhões da provisão atuarial para a Cassi. E, assim feito, desobrigar-se, em definitivo, das suas responsabilidades com a saúde de ativos, aposentados e pensionistas estabelecidas na Deliberação CVM 695/2012. Em linguagem objetiva, insiste em passar o risco atuarial para o Plano de Associados.
A insistência do Banco na transferência desse fundo para a Cassi faz lembrar o Cavalo de Troia mencionado na Odisseia do poeta grego Homero: um grande cavalo de madeira usado pelos gregos durante a Guerra de Troia, como estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia.
Esse Fundo de R$ 5,83 bilhões proposto à Cassi pelo BB, dispensada análise mais acurada, não passa de um Cavalo de Troia, um “presente de grego” aparentemente virtuoso mas que, se aceito, vai acarretar consequências funestas para ativos, aposentados e pensionistas. Que ninguém se engane, nem queira pagar para ver!
As associações de aposentados e pensionistas, representados pela FAABB e AAFBB na mesa de negociações, apresentaram proposta clara e factível para a equalização das finanças da Cassi. Os seus termos, amplamente divulgados, receberam aprovação das AFABB’s em reunião plenária em Xerém (RJ) nos dias 8 e 9 de junho passado. É uma proposta sensata e objetiva, que prima pela solução dos tantos problemas da Cassi mediante repasse dos ônus aos associados e ao Banco, na proporcionalidade de suas contribuições estatutárias (clique aqui para ver).
Antes de embarcar na aventura de ver a transferência desse fundo como solução para a Cassi, procure avaliar com carinho as severas consequências de o Banco eximir-se de suas obrigações enquanto patrocinador da Cassi.
Vamos nos manter unidos e acompanhar as negociações!
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Ascom AFABB-DF