A queda do valor do minério de ferro para níveis inesperados acendeu a luz amarela entre analistas do mercado.
Estimativas coletadas pelo jornal Valor Econômico apontam uma cotação média de US$ 56,60 por tonelada este ano. Instituições mais pessimistas, como Credit Suisse e Lopes Filho, apostam em US$ 51 a tonelada.
Relatório do Credit Suisse estima que, entre o início do segundo semestre e o fim da primeira metade do ano que vem, a média dos preços deve ficar em US$ 45 por tonelada. O patamar se aproxima do custo marginal de produção do insumo no mundo, que gira em torno de US$ 43 a tonelada.
A reportagem assinala que a expectativa da chegada do minério de melhor qualidade no mercado deve derrubar os custos, o que ajudará a diminuir o sacrifício de rentabilidade. Mas as instituições já demonstram maior preocupação com as empresas, por conta do período mais longo de deterioração.
Pela primeira vez, a agência de risco Fitch discutiu a possibilidade de a Vale, maior produtora do mundo, quebrar cláusulas de financiamentos que impõem teto para seu endividamento, conhecidos como “covenants”.
A perspectiva da instituição é que os preços fiquem em US$ 65 por tonelada este ano. Mas, devido à baixa nas últimas semanas, trabalha também com cenário em que a cotação atinge US$ 50.
Cabe alertar para o fato de que a Vale é o principal investimento da carteira de ações da Previ. Os dividendos pagos pela companhia contribuem para honrar parcela substancial do montante dos compromissos de aposentadorias e pensões. A cotação da commoditty em valor abaixo de US$ 45 a tonelada deve acender a luz amarela também na Previ.
Na próxima quinta-feira (16/04), quando se comemoram os 111 anos da Previ em evento que será transmitido ao vivo, por webcast, o Sr.Luciano Siani, CFO da Vale, fará apresentação. Espera-se que fale de dados econômicos e tendências de mercado que nos deixem mais otimistas. O evento começa às 16h e pode ser acompanhado via internet.
Acesse a íntegra da reportagem: http://bit.ly/1FGq8a2
Ascom AFABB-DF