A decisão da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) de adiar a prestação de contas
de vários fundos de pensão foi encarada com surpresa pelo sistema. A medida foi tema da coluna publicada esta terça-feira (07/04) no blog do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense.
A legislação diz que o prazo para dar transparência aos demonstrativos financeiros terminaria em 31 de março. Graças ao adiamento, a prestação de contas poderá ser feita até 31 de julho. A decisão da Previc foi anunciada sete dias antes da data final para o fechamento dos balanços.
O presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José Ribeiro Pena Neto, classifica a medida como “infeliz”. “Só estimula a visão de falta de transparência em um mercado que totaliza ativos de R$ 700 bilhões”, afirma Neto, no texto do blog.
Para o presidente da Abrapp, chama atenção a “recusa da Previc em explicitar os critérios para o adiamento dos balanços”. O jornalista, por sua vez, complementa a crítica ao afirmar que a postura da Previc “só aumenta a desconfiança” em relação aos fundos de pensão.
“O sistema de previdência complementar deveria ser importante instrumento para financiar o crescimento econômico do país, por ser investidor de longo prazo. Não é, porém, o que se tem visto”, assinala Nunes. “Várias fundações de estatais têm torrado o dinheiro que deveria garantir a aposentadoria de milhares de trabalhadores, sem punições rigorosas”.
O jornalista cita o caso do Postalis, dos empregados dos Correios, cujo rombo, em razão da má gestão de políticos, chega a R$ 5,6 bilhões. No texto, diretores da Previc argumentam que o adiamento foi feito “em comum acordo com as entidades” que pleiteavam a troca. Também alegam que houve transparência no processo, uma vez que todo o sistema teria sido consultado, com “amplo debate sobre o tema”.
Leia o texto completo: http://bit.ly/1ydsUkR
ASCOM AFABB-DF