Fundos terão ano marcado por conservadorismo e liquidez

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                Altas taxas de juros, ajustes na economia e escândalos de corrupção projetam, para os fundos de pensão, um cenário favorável à renda fixa e longe de riscos em 2015. É o que noticia o jornal Valor Econômico, esta terça feira (03/02).

 

                Segundo a publicação, entra em cena também a maturidade dos planos de benefício definido (BD) das grandes fundações. São planos criados há cerca de três décadas, em que a maioria dos participantes é de aposentados, e o volume de pagamento de benefícios é maior.

                É o caso da Previ e da Petros, por exemplo. A primeira planeja reduzir aplicações em ações e aumentar em renda fixa nos próximos sete anos, período em que os participantes de seu maior plano de benefícios terão se aposentado.

                Maior fundo de pensão da América Latina, com patrimônio de R$ 170 bilhões, a Previ reduz o apetite por novos investimentos em infraestrutura na medida em que conjuga a gestão da carteira com o fluxo de pagamento de benefícios.

A fundação dos funcionários do Banco do Brasil também planeja reduzir em dez pontos percentuais a alocação em ações, que hoje é de 60% dos ativos, até 2021. Já a Petros pretende diminuir aplicações em participações acionárias relevantes de empresas, e migrar para títulos públicos e posições mais líquidas na bolsa.

Títulos públicos de longo prazo indexados ao IPCA pagam, atualmente, taxa de juros real de 6% ao ano. O mais recente Boletim Focus, divulgado ontem, prevê uma Selic de 12,5% e IPCA em 7,01% ao fim do ano.

                Especialistas ouvidos pelo jornal avaliam que o prêmio pago pela renda fixa é muito alto para que os fundos de pensão busquem risco em outro lugar. Investimentos no exterior, infraestrutura e em energia alternativa, por exemplo, perdem atratividade neste momento.

                Na bolsa local, a instabilidade política gerada pelo racionamento de água e energia e o escândalo da Petrobras devem garantir volatilidade ao mercado. A publicação assinala que, desde o ano passado, os fundos de pensão maiores aplicam em fundos de ações no exterior como alternativa à renda local variável.

                É o caso da Fundação Cesp, que em 2014 aplicou R$ 22 milhões fora do país, o que representa 0,1% do patrimônio da Funcesp. Para este ano, a fundação aumentou, de 2% para 6%, o limite para aplicação no exterior.

                Apesar de a Abrapp não ter divulgado o desempenho médio dos fundos de pensão no ano passado, a expectativa é que as fundações não tenham atingido suas metas de rentabilidade.

A meta do setor, cujo patrimônio é de R$ 670 bilhões, é de cerca de 12% em 2014, equivalente a IPCA mais 5,5%. A estimativa da associação é que o setor fique aquém do alvo em aproximadamente 1,5 ponto percentual.

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