A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) vai reduzir investimentos, inclusive em infraestrutura, em busca por mais liquidez nos próximos anos. A notícia foi veiculada esta terça-feira pelo jornal Valor Econômico. A medida faz parte da política de investimento do fundo de pensão, o maior da América Latina, para o período entre 2015 e 2021.
Ao jornal, o presidente em exercício da Previ, Marco Geovanne, explicou que, nos próximos cinco a sete anos, o número de aposentados aumentará significativamente, o que exigirá maior esforço para pagar os benefícios. O fundo desembolsa aproximadamente R$ 9,5 bilhões por ano para pagar aposentados e pensionistas.
Segundo a publicação, o plano de benefício definido (BD), conhecido como Plano 1, acumula patrimônio de R$ 170,3 bilhões e 11,9 mil participantes [116.997, em setembro 2014] , sendo 9,5 mil já aposentados [91.836 aposentados e pensionistas]. O plano de contribuição definida (CD), o Previ Futuro, soma R$ 5,5 bilhões em ativos e 6,8 mil participantes, dos quais apenas 24 são aposentados.
A ideia é que a fundação continue a apoiar grandes projetos de infraestrutura, mas daqui pra frente deverá ser mais seletiva em relação a novos projetos. De acordo com o Valor, a Previ tem investimentos relevantes no setor de energia e na Vale, além de participações em concessões de aeroportos e rodovias e na usina hidrelétrica de Belo Monte, entre outros projetos.
Na busca por mais liquidez, no plano de 2015 a 2021, a Previ também reduzirá em 10 pontos percentuais as aplicações em ações, que hoje correspondem a 60% dos ativos do BD. Ao Valor, Geovanne afirmou, contudo, que a mudança não será brusca, e que dependerá “da conjuntura e das oportunidades de mercado”.
"É importante acompanhar porque o governo deve exercer pressão no direcionamento dos investimentos", lembra Arnaldo Fernandes, presidente da AFABB-DF.
Ascom AFABB-DF