Bolsa tem 3ª alta, com bom humor externo e ganho de 5,9% da Petrobras

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O otimismo em relação à política monetária nos Estados Unidos e a expectativa de adoção de estímulos na Europa impulsionaram as Bolsas do mundo inteiro nesta quinta-feira (8).

 

No Brasil, o anúncio do corte de gastos por parte do governo ampliou o bom humor na BM&FBovespa, que fechou no azul pelo terceiro dia.

A melhora na percepção de risco dos investidores também retirou a pressão sobre o mercado de câmbio. Assim, o dólar perdeu força sobre o real e as principais moedas internacionais.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,97%, para 49.943 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,054 bilhões. A principal influência positiva foi o avanço de 5,88% das ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, para R$ 9,18. Elas subiram mais de 7% ao longo do dia.

Na véspera, a estatal informou que concluiu com sucesso negociação com credores que demandavam demonstração contábil do terceiro trimestre de 2014 revisada por auditor externo até fim deste mês.

Em nota, a equipe de análise da Concórdia Corretora avaliou a flexibilização dos credores da Petrobras "como um alento para a companhia, apesar de representar apenas um ganho de fôlego, e não a solução de seus problemas".

"A Bolsa brasileira tem um peso relevante de estrangeiros, que aproveitaram o clima de menor aversão ao risco no exterior para buscar 'oportunidades' na Bovespa. O mercado de ações do Brasil está muito barato em dólar, quase que de uma forma incomparável a outros períodos, por isso o fluxo de estrangeiros deve ser ainda maior em 2015", diz James Gulbrandsen, sócio da gestora NCH Capital no Brasil.

O analista da Guide Investimentos Fabio Galdino diz que o baixo preço da Bolsa brasileira em dólar pode estimular entradas de curto prazo, mas que o Ibovespa "ainda tem mais para cair" nos próximos meses. "A gente vai ter que passar por um ajuste fiscal bastante grande", afirma.

O ganho do setor bancário, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, também ajudou o índice a subir no dia. O Itaú Unibanco e o Bradesco tiveram valorizações de 1,56% e 0,52%, respectivamente, para R$ 36,36 e R$ 37,08. Já o Banco do Brasil subiu 0,34%, para R$ 23,56.

Na contramão, o Santander Brasil perdeu 1,57%, para R$ 13,20. A queda reflete a notícia de que as ações do banco Santander foram suspensas na Espanha após informações de que a instituição estaria considerando um aumento de capital em euro.

As siderúrgicas caíram fortemente, após terem registrado ganhos expressivos no último pregão. A Usiminas encabeçou a lista, com a sua ação preferencial registrando baixa de 5%, para R$ 4,75. A CSN cedeu 2,44%, para R$ 5,60, enquanto a Gerdau perdeu 1,92%, para R$ 10,22.

EXTERIOR

A ata do Fomc (comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve) revelou na véspera que a autoridade não irá aumentar os juros naquele país antes de abril.

O diretor do Fed de Chicago, Charles Evans, disse que os EUA não devem atingir a meta de inflação até 2018 e que não seria aconselhável subir os juros naquele país até 2016, pelo menos.

"O mercado considera como certo um aperto monetário em 2015 nos EUA. O mais importante da fala de Yellen [presidente do Fed] e do documento divulgado ontem foi que a autoridade deixou claro que não terá surpresas, e que vai dar sinais sobre quando e como os juros vão subir", diz Galdino.

Na Europa, indicadores fracos divulgados nesta semana alimentam apostas cada vez mais fortes de que o BCE (Banco Central Europeu) adotará um novo pacote de estímulo.

A percepção de analistas é que, com a liquidez maior no mercado mundial e expectativa de manutenção dos juros baixos nos EUA por mais algum tempo, mais recursos podem entrar nos emergentes, como o Brasil.

Com isso, o dólar perdeu força sobre o real nesta quinta-feira. A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em baixa de 0,90%, para R$ 2,670 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,18%, para R$ 2,672.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,6 milhões.

A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 489,9 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 23% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões.

Fonte: Folha de São Paulo

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