Resgatar a saúde financeira da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e preservar as ações de atendimento às famílias. Estes dois pontos foram destacados pelo presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal (AFABB-DF), Arnaldo Fernandes, como sendo a principal preocupação da entidade diante dos resultados deficitários obtidos pela Cassi nos últimos anos.
Relatórios da Caixa, referentes aos exercícios de 2012 e 2013, apontam déficit operacional de R$ 220,5 milhões e R$ 138,9 milhões, respectivamente. A expectativa é que, para 2014, o resultado também seja negativo, possivelmente em valores mais elevados. Os motivos são a inflação dos serviços médicos, superior inclusive em comparação com índices oficiais, e a suspensão antecipada do Benefício Especial Temporário (BET), que provoca perda de receitas acima dos R$ 110 milhões, entre outras dificuldades de custeio.
O presidente da AFABB-DF alerta que o consumo das reservas financeiras da Cassi pode comprometer as atividades da Caixa relativas à saúde. “A situação requer que os atores envolvidos sentem-se à mesa e avaliem, com responsabilidade, as medidas efetivas a serem tomadas para retomar a saúde financeira da Cassi”, assinala Fernandes. “É fundamental que se consiga preservar as indispensáveis ações de atendimento à saúde dos nossos familiares”.
No fim do ano passado, a AFABB-DF enviou ofício à diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi. O documento solicitava, entre outros pontos, manifestação a respeito de medidas e políticas adotadas pela diretoria para eliminar o deficit operacional da Caixa. A Associação também consultou o Sindicato de Brasília para saber se o custeio da Cassi fez parte do dissídio coletivo 2014/2015, e seus respectivos termos. Nos dois casos, não obteve resposta.
As dificuldades financeiras da Cassi já haviam vindo à tona em agosto do ano passado, no encontro de associações representativas de aposentados e pensionistas do Banco do Brasil em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Na ocasião, um dos diretores da Caixa de Assistência alertou para as dificuldades na administração da conta de custeio, além de mencionar a perspectiva de utilização em maior escala das reservas financeiras da operadora.
Com aproximadamente 800 mil participantes, a Cassi é a maior operadora de autogestão em saúde do Brasil. Criada há 70 anos, ela oferece atendimento aos funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil e seus dependentes, além de parentes até terceiro grau.
Ascom AFABB-DF