Médicos colocam vidas em risco com cirurgias desnecessárias, em troca de faturamentos de até R$ 100 mil por mês. Parece enredo de filme de terror, mas, na verdade, trata-se de denúncia, exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (04/01), de esquema de corrupção envolvendo médicos e empresas que vendem próteses em todo o Brasil.
Esses golpes milionários, dados pela chamada “Máfia das Próteses”, desvia dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) e encarece planos de saúde. Foi o que aconteceu, por exemplo, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde uma equipe revisou os pedidos de cirurgia de coluna encaminhados por um plano de saúde durante um ano. O exagero foi constatado: de 1,1 mil pacientes, após a revisão, menos de 500 deveriam ter indicação cirúrgica.
“Esse esquema fraudulento afeta diretamente os planos de saúde, inclusive a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), que é a maior operadora de autogestão em saúde do Brasil”, assinala o presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal (AFABB-DF), Arnaldo Fernandes. “A fraude patrocina inúmeras cirurgias que requerem a colocação de próteses e órteses, o que atinge os planos de saúde, drenando seus recursos”.
A reportagem do Fantástico viajou por cinco Estados durante três meses. Uma testemunha, ouvida pelo programa, revela que as comissões pagas a médicos por cirurgias desnecessárias variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil. A denúncia aponta que o esquema ocorre inclusive dentro do SUS e no plano de saúde dos Correios. De acordo com a reportagem, hospitais públicos fecham acordos superfaturados com fornecedores para manipular a concorrência e vencer licitações.
Clique aqui para ver o vídeo com a reportagem completa: http://bit.ly/1vSbims
Ascom AFABB-DF