Participantes e assistidos do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, terão benefícios menores em sua previdência complementar. O motivo é o déficit acumulado pelo fundo. O jornal Valor Econômico noticiou, na terça feira (06/01), que o saldo negativo pode chegar a R$ 5 bilhões – sendo R$ 3 bilhões acumulados em 2013 e 2014 e R$ 1 bilhão em 2011 e 2012, além de uma dívida de R$ 1 bilhão que os Correios têm com o Postalis.
Segundo a publicação, o equacionamento no déficit do plano de benefício definido (BD) – cujo patrimônio era de R$ 5,137 bilhões, em outubro – já teria sido estabelecido pelo conselho deliberativo do Postalis. A previsão é que esse programa seja posto em prática a partir de abril, mas ainda dependeria de aprovação da Previc, órgão regulador dos fundos de pensão.
De acordo com o Valor, a proposta para os cerca de 1,3 mil funcionários da ativa é que os benefícios futuros sejam reduzidos. Já os 19,2 mil aposentados e pensionistas e os Correios terão de fazer contribuições extras ao plano. O valor da redução dos benefícios futuros e do aumento das contribuições ainda estaria sendo calculado, mas estima-se algo em torno de 20%.
De olho na situação do Postalis, o presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal (AFABB-DF), Arnaldo Fernandes, lembra que o Plano 1 da Previ, até o 3º trimestre de 2014, apresentava ativo líquido no total de R$ 142 bilhões, provisões matemáticas de R$ 120 bilhões e reserva de contingência em torno de R$ 22 bilhões.
“A piora no cenário econômico brasileiro e internacional a partir de outubro de 2014, aliada ao fato de que nosso plano detém 60,41% de investimentos em renda variável, deve oferecer variação da Mutação do Ativo Líquido bem reduzida, o que poderá apresentar uma reserva de contingência em torno de R$ 10 bilhões no exercício de 2014”, ressalta Fernandes.
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Ascom AFABB-DF