Petrobras perde posição para Vale e é quinta mais valiosa da Bolsa

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Corroído nos últimos meses pela ingerência política, pela corrupção e, mais recentemente, pela queda no preço do petróleo, o valor de mercado da Petrobras caiu, nesta terça-feira (6), para a quinta posição no ranking das maiores empresas da Bolsa de Valores brasileira.

 

A nova posição é atingida apenas três meses depois de a estatal ter retomado a liderança da Ambev, com as oscilações dos papéis da estatal durante o período eleitoral. De acordo com a consultoria Economática, que fez o levantamento, desde fevereiro de 1996 a Petrobras não ocupava lugar tão modesto no ranking.

Detentora incontestável, por muitos anos, do título de empresa mais valiosa do Brasil e da América Latina, a petroleira viu o indicador ser superado, desta vez, pela Vale, que passou, nesta terça, à posição de quarta empresa mais valiosa do país.

Petrobras fechou as negociações valendo R$ 106,7 bilhões, em mais um dia em que as ações encerraram as negociações na pior cotação desde 2003.

A Vale foi a R$ 107,4 bilhões, embalada pela alta nas ações puxadas por leve reajuste nos preços de minério de ferro na China. A Ambev registrou valor em Bolsa de R$ 252,9 bilhões.

No fim do ano passado, pela primeira vez, bancos superaram a Petrobras em valor de mercado. Primeiro foi o Itaú, em 30 de outubro, e depois foi a vez do Bradesco, em 28 de novembro. Nesta terça-feira, Itaú fechou valendo R$ 179,2 bilhões e Bradesco, 147,1 bilhões.

Segundo a Economática, em 1996, a Petrobras perdia para a Telebrás, a Eletrobrás, a Vale e a antiga Telesp em valor na Bolsa. Vale foi privatizada meses depois, e a Telesp, em 1998, junto com outras empresas de telefonia do sistema Telebrás.

A Petrobras é, atualmente, a sétima empresa mais valiosa da América Latina, de acordo com a consultoria.

Além das brasileiras, estão no rol, à frente da petroleira, as mexicanas América Móvil, do megaempresário Carlos Slim –o homem mais rico do mundo, segundo a "Forbes"– e o Grupo Modelo, de bebidas, controladas pelo grupo belgo-brasileiro Ab Inbev. Ocupam, respectivamente, a segunda e quinta posição no ranking latino. 

 Fonte: Folha de São Paulo

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