Notícias veiculadas na mídia colocam em dúvida a saúde financeira da Sete Brasil Participações S.A. Uma empresa holandesa que detinha participações na Sete Brasil resolveu deixar a sociedade diante das incertezas da exploração do pré-sal e da pirataria na Petrobras, além da queda na cotação do óleo no mercado internacional. A Sete Brasil, com sérios problemas de alavancagem de recursos, estaria solicitando um empréstimo ao BB de R$ 600 milhões, de acordo com informes divulgados. Este montante em princípio não resolverá a grave situação da empresa.
Confira abaixo os esclarecimentos da Previ, que possui 2,3% das cotas do Fundo de Investimento em Participações na Sete Brasil.
“ Nos últimos dias a Sete Brasil Participações S.A., empresa em que a PREVI tem participação, foi objeto de matérias nos meios de comunicação. Para evitar especulações, esclarecer e tranquilizar os seus associados, a PREVI se posiciona em relação ao investimento realizado.
A Sete Brasil foi fundada em 2010 para viabilizar a construção de sondas de perfuração em águas ultraprofundas no país. A PREVI possui atualmente 2,3% das cotas do Fundo de Investimento em Participações da empresa, o FIP Sondas, que detém 95% das ações da companhia.
O investimento da PREVI realizado na empresa está em consonância com a Política de Investimentos da entidade, que aponta como estratégico o segmento de Investimentos Estruturados em nichos específicos de mercado e capital empreendedor - private equity e venture capital.
Estudos técnicos avaliaram a relação entre risco e retorno do projeto como adequada. A PREVI tem uma preocupação constante em investir no longo prazo, que coincide com o tipo de investimento realizado na Sete Brasil e com a missão de pagar benefícios de forma eficiente, segura e sustentável para os seus quase 200 mil associados.
Tanto recursos do Plano 1 quanto do PREVI Futuro foram investidos na empresa, totalizando R$ 180 milhões. À época do fechamento do FIP Sondas, a PREVI respondia por 9,9% das cotas do capital total, que era de R$ 1,8 bilhão. O
volume financeiro investido manteve-se inalterado uma vez que a PREVI não aderiu aos aumentos de capital ocorridos nos últimos anos, que ficou em R$ 7,9 bilhões, o que ocasionou a diminuição da participação, que é atualmente de 2,3%. Os direitos de governança da PREVI foram mantidos. Vale salientar que o valor investido na Sete Brasil equivale a cerca de 0,1% das reservas dos planos da PREVI.
O modelo de Governança Corporativa da PREVI incentiva que em todas as empresas participadas, inclusive a Sete Brasil, sejam exercidas as melhores práticas, que englobam princípios de transparência, responsabilidade, equidade e prestações de contas.
Em resposta às recentes notícias veiculadas na imprensa, a Sete Brasil comunicou que a Diretoria Executiva da companhia determinou de imediato um processo de auditoria e investigação sobre os documentos e contratos relacionados ao projeto da construção das 29 sondas para exploração de petróleo e gás em águas ultraprofundas, firmados desde a criação da empresa, em dezembro de 2010. O objetivo é investigar quaisquer irregularidades supostamente ocorridas.
Entre os investidores que também participam do FIP Sondas estão os bancos BTG, Santander e Bradesco, outros fundos de pensão como Funcef, Petros e Valia, além da Petrobras, que também participa diretamente da empresa, com 4,6% das ações.
A PREVI continuará acompanhando de perto a gestão e os processos da Companhia e manterá os participantes informados sobre quaisquer fatos relevantes que digam respeito ao ativo. ”
Fonte: PREVI – “Notícias e Publicações” (28/11/2014)