Os mercados internacionais começaram a semana em ritmo menos intenso, após as altas recordes da semana passada. Investidores aguardam o resultado das eleições legislativas nos Estados Unidos, que acontecem hoje, e, principalmente, os dados de emprego do país referentes ao mês de outubro, que serão anunciados na sexta-feira.
Os mercados internacionais começaram a semana em ritmo menos intenso, após as altas recordes da semana passada. Investidores aguardam o resultado das eleições legislativas nos Estados Unidos, que acontecem hoje, e, principalmente, os dados de emprego do país referentes ao mês de outubro, que serão anunciados na sexta-feira.
Wall Street passou boa parte do dia sem tendência definida. No fim do pregão, o índice Dow Jones marcava baixa de 0,14%, enquanto o S&P 500 recuou 0,01%. Apenas o Nasdaq conseguiu escapar das perdas e teve alta de 0,18%.
"No momento, existem fatores que favorecem os Estados Unidos em relação ao resto do mundo. O crescimento [econômico] está melhorando e os balanços também. Estamos tendo um ótimo trimestre", disse Paul Zemsky, gestor da Voya Investment Management.
Na Europa, investidores também aguardam os desdobramentos nos Estados Unidos, além da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Números divulgados ontem na região e na China, no entanto, levaram investidores a reduzir as posições em ações. A bolsa de Paris recuou 0,92%, para 4.194 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, caiu 0,81%, para 9.252 pontos. Em Londres, FTSE 100 teve queda de 0,89%, para 6.487 pontos.
Até sexta-feira, quando o Departamento do Trabalho americano informar os números do mercado de trabalho, não se esperam grandes oscilações nas bolsas. Especialistas ouvidos pelo "The Wall Street Journal" estimam abertura de 248 mil postos de trabalho em outubro, acima dos 233 mil de setembro, e manutenção da taxa de desemprego em 5,9%.
O índice ISM de atividade industrial dos Estados Unidos, divulgado na manhã de ontem, não chegou a impactar muito o mercado de ações, embora tenha exercido pressão de alta nos juros dos Treasuries. O "yield" (rendimento) do papel de dez anos chegou ao nível mais alto em quatro semanas no intradia após o dado, indo a 2,384%.
O avanço do ISM de outubro para 59 pontos contrariou a projeção dos analistas ouvidos pelo "The Wall Street Journal", que esperavam queda para 56 pontos e reforçou o receio de que o Federal Reserve inicie a elevação da taxa de juros antes do esperado.
Richard Fisher, presidente do Fed de Dallas, disse ontem em evento em Nova York temer que o banco central comece a subir os juros tarde demais. Todavia, Fisher, que este ano tem direito a voto nas reuniões de política monetária, ressaltou que o Fed está se movendo na direção correta.
O presidente do Fed de Dallas disse estar "confortável" com os níveis atuais de inflação e ponderou que espera que a inflação siga rumo à meta de 2%.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro subiu de 50,3 pontos em setembro para 50,6 pontos em outubro, segundo informação da Markit. A expectativa do mercado era de alta para 50,7 pontos. Na China, o PMI industrial, medido pelo HSBC, registrou avanço para 50,4 em outubro, depois de ficar em 50,2 em setembro.