Agências de rating vão monitorar ajuste

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A agência de classificação de riscos Fitch Ratings afirmou que vai monitorar a capacidade do novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) de melhorar o crescimento da economia brasileira e promover um ajuste fiscal.

A agência de classificação de riscos Fitch Ratings afirmou que vai monitorar a capacidade do novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) de melhorar o crescimento da economia brasileira e promover um ajuste fiscal.

A Standard & Poor's (S&P), por sua vez, indicou que os sinais políticos e a capacidade de execução do novo governo "claramente" vão determinar a trajetória futura do rating soberano.

Porém, a diretora da S&P Lisa Schineller disse que a perspectiva estável da nota brasileira mostra que a agência não vê o país "se movendo para a categoria de grau especulativo", neste momento, por conta da força de seu balanço e de suas instituições.

Essas foram as primeiras manifestações de duas das três grandes agências de classificação de risco sobre o novo governo. A Moody's, que no mês passado reduziu a perspectiva do rating brasileiro de estável para negativa, não se pronunciou.

Investidores temem um rebaixamento da nota soberana caso nada mude na condução da política econômica brasileira.

"Acreditamos que Dilma irá provavelmente instituir algumas mudanças de políticas para ajudar a restaurar a confiança que caiu bruscamente nos últimos meses. Por outro lado, a natureza, o escopo, e o andamento dessas mudanças não estão claras nessa conjuntura", declarou a Fitch por meio de nota. Atualmente, a agência classifica o país com nota "BBB" e perspectiva estável.

A agência já havia destacado que uma resposta inadequada às vulnerabilidade financeiras e macroeconômicas, a sustentação de um cenário econômico ruim e uma deterioração fiscal, das reservas internacionais e da composição da dívida poderiam ser negativos para os ratings do país. "Por isso, a capacidade deste governo de melhorar o crescimento do Brasil e o cenário fiscal vão ficar no foco da nossa avaliação", destacou.

A Fitch afirmou que vai ficar atenta a sinais de mudanças políticas e vai monitorar as prioridades da nova equipe econômica. Outro ponto destacado pela agência é que será necessário encarar a interferência do governo na economia nos últimos anos. A maior participação dos bancos públicos e a defasagem nos preços dos combustíveis foram citados como alguns sinais dessa política. Lidar com essa questão será importante para restaurar a confiança do mercado, segundo a instituição.

Para a S&P, o maior desafio do governo será melhorar a produtividade e a competitividade do Brasil. A diretora da agência observou que as reformas microeconômicas com esse viés pouco avançaram nos últimos anos. No lado da infraestrutura, acrescentou, algumas coisas foram feitas, mas falta muito e a burocracia é grande.

As declarações de Lisa foram feitas em vídeo gravado na sexta-feira, antes do resultado das eleições, e enviado ontem pela S&P em resposta a pedidos do Valor para repercutir a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

"O Brasil está experimentando uma estagflação, mas a população está demandando mais serviços sociais e que sejam mais eficientes", observou Lisa. Segundo ela, retomar o crescimento requer redobrar esforços na política econômica. A S&P classifica o Brasil como "BBB-" e perspectiva estável.

 

 

Fonte: Valor econômico 

 

 

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