Bolsa recua e dólar sobe em dia de pesquisa

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Os mercados financeiros domésticos tiveram mais um dia de tensão ontem. Rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiria a condição de favorita na corrida eleitoral, confirmados ao fim da tarde pelas pesquisas de Ibope e Datafolha, levaram a queda da bolsa e alta de dólar e juros, com os investidores buscando uma posição mais defensiva no penúltimo pregão antes do segundo turno da eleição presidencial.

Os mercados financeiros domésticos tiveram mais um dia de tensão ontem. Rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiria a condição de favorita na corrida eleitoral, confirmados ao fim da tarde pelas pesquisas de Ibope e Datafolha, levaram a queda da bolsa e alta de dólar e juros, com os investidores buscando uma posição mais defensiva no penúltimo pregão antes do segundo turno da eleição presidencial.

Com a sensação de que ficou mais distante uma eventual vitória de Aécio Neves (PSDB), visto pelos investidores com perfil mais pró-mercado, houve uma corrida por proteção cambial, levando a moeda americana a subir 1,48%, para fechar a R$ 2,5160, no maior patamar desde 4 de dezembro de 2008 - quando bateu R$ 2,536, em plena crise financeira mundial. Com isso, o dólar acumula alta de 3,50% na semana e sobe 2,80% no mês.

Já o Ibovespa fechou em baixa de 3,24%, aos 50.713 pontos, descolando da alta das bolsas lá fora. Com a queda de ontem, a bolsa brasileira passou a acumular perda de 1,54% no ano. Apenas nesta semana, o recuo já alcança 9%, o maior tombo semanal de 2014.

A pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou um aumento da vantagem de Dilma, que passou de 52% para 53% dos votos válidos, enquanto Aécio recuou de 48% para 47%, com o fim do empate técnico entre os dois candidatos. O Ibope também confirmou esse cenário, com a candidata petista aparecendo com 54% dos votos válidos contra 46% de Aécio. O resultado traz uma mudança em relação ao último levantamento do Ibope.

Pela manhã, rumores que circularam no mercado apontavam para uma ampliação da vantagem da presidente em relação a Aécio na corrida presidencial.

As pesquisas foram divulgadas no meio do leilão de fechamento da Bovespa, a tempo de influenciar o comportamento dos papéis. Mais uma vez, o "kit eleição" concentrou as perdas do dia.

Entre as ações do "kit eleição", o papel ON do Banco do Brasil liderou as perdas do Ibovespa, com recuo de 9,10%, fechando a R$ 24,95, acompanhado por Petrobras PN (-7,22%, a R$ 15,41), Eletrobras ON (-6,71%, a R$ 5,70), Bradesco PN (-6,01%, a R$ 32,80) e Itaú Unibanco PN (-4,52%, a R$ 32,25).

A lista de maiores baixas da bolsa trouxe ainda as ações das construtoras Gafisa ON (-8,51%), PDG Realty ON (-6,73%) e Even ON (-5,40%). A incerteza eleitoral gera dúvidas sobre o futuro da economia e prejudica o negócio das construtoras, já que os compradores de imóveis tendem a se retrair.

No topo do Ibovespa figuraram basicamente siderúrgicas e exportadoras, com destaque para as ações da Fibria ON (6,55%), Gerdau PN (5,58%), CSN ON (4,94%) e Suzano PNA (4,49%). A melhora do índice preliminar de atividade (PMI, na sigla em inglês) na China também colaborou para o avanço das produtoras de commodities. Os papéis preferenciais e ordinários da Vale fecharam em alta de 1,89% e 1,83%, respectivamente.

Já no mercado de juros futuros, os rumores sobre pesquisas eleitorais levaram a uma alta das taxas entre o fim da manhã e o início da tarde. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2017 fechou a 12,10% (ante 11,87% do pregão anterior), enquanto o DI para 2021 terminou a 12,30% (ante 11,87% do pregão anterior).

A correção nos mercados verificada ontem faz parte de um ajuste de posições para um quadro de reeleição da presidente Dilma. Mas analistas não descartam a possibilidade de uma nova rodada de alta das taxas de juros e dólar hoje, em resposta às últimas pesquisas.

Segundo analistas, um câmbio a R$ 2,51 já embute em parte uma reeleição de Dilma, havendo menor espaço para uma alta do dólar a partir de segunda caso se confirme tal cenário. "Se Dilma for reeleita, podemos ver uma depreciação no câmbio na semana que vem, alcançando algo entre R$ 2,60 e R$ 2,70, mas não vejo muito espaço para uma depreciação maior", diz o estrategista de uma gestora local.

Fonte: Valor econômico 

 

 

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