Bovespa sente piora externa e incerteza eleitoral e fecha em queda

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A Bovespa não conseguiu passar alheia ao clima de forte aversão ao risco no exterior nesta quarta-feira e fechou em baixa de mais de 3%. O movimento aqui foi potencializado pelas expectativas eleitorais. Investidores aproveitaram para embolsar ganhos recentes à espera da nova rodada de pesquisas sobre a corrida presidencial, previstas para hoje à noite. Além disso, o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro acentuou a volatilidade no mercado local e fez o volume engordar, superando os R$ 24 bilhões.

A Bovespa não conseguiu passar alheia ao clima de forte aversão ao risco no exterior nesta quarta-feira e fechou em baixa de mais de 3%. O movimento aqui foi potencializado pelas expectativas eleitorais. Investidores aproveitaram para embolsar ganhos recentes à espera da nova rodada de pesquisas sobre a corrida presidencial, previstas para hoje à noite. Além disso, o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro acentuou a volatilidade no mercado local e fez o volume engordar, superando os R$ 24 bilhões.

“O Ibovespa ficou descolado do cenário externo em função das eleições, mas agora corrigiu”, disse o diretor-técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt. Segundo ele, as bolsas dos Estados Unidos bateram recordes de alta recentemente e um dos motivos para o bom humor era a antecipação de uma retomada do crescimento da economia americana. “Mas grande parte do crescimento projetado vem de empresas transnacionais e, se o mundo não cresce, as perspectivas são frustradas”, explicou.

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 1,06%, o Nasdaq perdeu 0,28% e o S&P 500 recuou 0,81%. Na bolsa brasileira, o Ibovespa fechou em baixa de 3,24%, aos 56.135 pontos, com volume de R$ 24,236 bilhões. Desse montante, R$ 10,357 bilhões correspondem ao exercício de opções sobre o índice. Na mínima do dia, o índice chegou a cair 5,33%, para 54.919 pontos. Mesmo com a baixa de hoje, a bolsa ainda sobe 1,5% nesta semana.

As ações do “kit eleição” lideraram as perdas do dia: Petrobras PN (-6,92%, a R$ 20,15), Petrobras ON (-6,85%, a R$ 19,02), Bradesco PN (-5,46%, a R$ 37,53), Itaú PN (-4,48%, a R$ 36,63), Banco do Brasil ON (-3,84%, a R$ 32,00) e Eletrobras ON (-3,67%, a R$ 6,81). Apenas duas entre as 70 ações do Ibovespa terminaram o pregão em alta: Fibria ON (1,51%) e Vivo PN (0,28%).

Os mercados se afastaram ligeiramente das mínimas após a divulgação do Livro Bege, um resumo da situação da economia americana em 12 regiões do país, elaborado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O documento mostrou que o país continua crescendo em ritmo modesto e com ritmo constante de criação de empregos. Os gastos dos consumidores aumentaram em ritmo “leve a moderado”.

No cenário doméstico, a corrida presidencial ainda é o assunto da vez. Investidores aproveitaram o dia para embolsar ganhos recentes com a especulação eleitoral – na segunda-feira, o Ibovespa registrou sua maior alta em mais de três anos – enquanto aguardam as pesquisas oficiais do Ibope e do Datafolha. 

“O Brasil ficou muito concentrado nas eleições nas últimas semanas. Há uma tendência de crescimento mais fraco da Europa e desaceleração dos emergentes. Essa preocupação foi manifestada inclusive na última Ata do Fed. Essa tendência de crescimento mundial menor deve afetar os Estados Unidos. Por isso você tem uma correção nos ativos lá fora. Aqui a correção é mais forte justamente porque havia a especulação eleitoral embutida nos preços”, comenta o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

Ele acredita que os investidores devem ficar mais cautelosos no mercado doméstico nos próximos pregões, tanto devido ao aumento da aversão ao risco no exterior, quanto à incerteza sobre o cenário eleitoral. 

 

Fonte: Valor econômico

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