BB amplia prazo para investidor trocar bônus com preço mais alto

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O Banco do Brasil (BB) anunciou a extensão do prazo para a troca de bônus perpétuos com preço maior para 21 de outubro. Anteriormente, o período para adesões terminava na última segunda-feira.

O Banco do Brasil (BB) anunciou a extensão do prazo para a troca de bônus perpétuos com preço maior para 21 de outubro. Anteriormente, o período para adesões terminava na última segunda-feira.

Em 24 de setembro, o BB lançou uma oferta de troca de até US$ 1,5 bilhão em títulos perpétuos de dívida externa emitidos em 2009, com o objetivo de fortalecer seu capital. Os novos bônus serão integralmente contabilizados dentro das novas regras de Basileia 3.

Para incentivar os investidores a aderir à oferta, o BB ofertava antes US$ 1,15 mil em novos bônus para cada US$ 1 mil que fossem entregues em papéis antigos. Apenas para quem aceitasse a proposta até 6 de outubro é que o banco pagaria US$ 1,18 mil, valor que agora será pago a todos os investidores que optarem pela troca.

Os novos bônus têm cupom proposto de 8,5%, o mesmo pago pelos títulos antigos. Porém, representam um prêmio em relação ao patamar de rendimento no qual vinham sendo negociados no mercado secundário. Ontem, os papéis de 2009 estavam a 114% do valor de face e pagavam retorno ao investidor de 5,72% ao ano. Essa diferença, portanto, é o grande atrativo da troca.

No entanto, a adesão à operação até agora ficou abaixo do esperado, segundo fonte que acompanha o assunto.

Outro interlocutor disse que boa parte dos papéis está nas mãos de private banking, que pediram mais prazo para entender a estrutura dos novos papéis e conversar com os investidores finais. Em determinadas situações, os bônus subordinados perpétuos emitidos sob Basileia 3 podem ser extintos ou convertidos em ações para reforçar o capital dos bancos. Por isso, representam um investimento mais complexo e mais arriscado.

Um gestor de private banking afirmou ter recomendado que seus clientes aderissem à troca para aproveitar o prêmio embutido. No entanto, disse que alguns estrangeiros demonstraram receio em ter um papel do BB com essas características. "Muita gente também pode estar esperando o resultado das eleições pelo fato de o Banco do Brasil ser controlado pelo governo", disse.

Procurado, o BB não se manifestou até o fechamento desta edição.

O mercado tem ficado volátil por conta das eleições presidenciais. A sensibilidade dos investidores ao noticiário político se nota nos spreads dos papéis brasileiros. O prêmio de risco do Brasil medido pelo Credit Default Swap (CDS) caiu nesta semana com a ida de Aécio Neves (PSDB) para o segundo turno com Dilma Rousseff (PT).

Na leitura de uma fonte que atua na coordenação de ofertas de bônus, empresas brasileiras - especialmente as de menor porte - podem aproveitar o momento para acessar o mercado externo.

O Grupo Aço Cearense (GAC), por exemplo, planeja realizar nos próximos dias uma série de apresentações a investidores com o objetivo de fazer uma emissão de bônus no mercado internacional, apurou o Valor. Para organizar o roadshow, a companhia contratou os bancos BTG Pactual, Credit Suisse e HSBC, segundo fonte.

O plano da empresa é captar entre US$ 200 milhões e US$ 400 milhões, com os quais pretende refinanciar passivos. Se bem-sucedida, será a primeira oferta de bônus do Aço Cearense no mercado externo. O grupo é formado por cinco empresas, incluindo uma distribuidora de aços planos na região Nordeste do Brasil.

Na quinta-feira da semana passada, o empresário José Vilmar Ferreira, dono do GAC, publicou um anúncio de página inteira no Valor no qual manifestou preocupação com a economia brasileira e afirmou que a moeda desvalorizada trará ainda mais inflação e menor crescimento.

 

 Fonte: Valor econômico

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