O candidato Aécio Neves (PSDB) ultrapassou Marina Silva (PSB) no dia da eleição e vai disputar o segundo turno com a presidente Dilma Roussef (PT). Manteve-se, portanto, a polarização entre PT e PSDB pela sexta vez consecutiva nas eleições presidenciais, tendência que já dura duas décadas. Apuradas ontem 99,98% das urnas em todo o país, Dilma tinha 41,59% dos votos, Aécio, 33,55% e Marina Silva, 21,32%. A candidata do PSB chegou a liderar as pesquisas ao lado de Dilma no início do mês passado, mas desidratou com os ataques dos dois principais adversários. Dilma obteve 43,2 milhões de votos, Aécio, 34,8 milhões e Marina, 22,1 milhões.
O candidato Aécio Neves (PSDB) ultrapassou Marina Silva (PSB) no dia da eleição e vai disputar o segundo turno com a presidente Dilma Roussef (PT). Manteve-se, portanto, a polarização entre PT e PSDB pela sexta vez consecutiva nas eleições presidenciais, tendência que já dura duas décadas. Apuradas ontem 99,98% das urnas em todo o país, Dilma tinha 41,59% dos votos, Aécio, 33,55% e Marina Silva, 21,32%. A candidata do PSB chegou a liderar as pesquisas ao lado de Dilma no início do mês passado, mas desidratou com os ataques dos dois principais adversários. Dilma obteve 43,2 milhões de votos, Aécio, 34,8 milhões e Marina, 22,1 milhões.
O mapa ao lado mostra como ficou distribuída a votação no país. Dilma ganhou em 15 Estados, Aécio, em 9, mais o DF, e Marina, em 2. Aécio recuperou terreno principalmente em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. De acordo com pesquisa Ibope realizada entre os dias 6 e 8, o tucano tinha apenas 15% das preferências no Estado, contra 38% de Marina e 25% de Dilma. Nas urnas, terminou em primeiro, com 44,22%, à frente da petista (25,82%) e da adversária direta (25,82%), a quem derrotou para chegar ao segundo turno.
As eleições trouxeram muitas surpresas, com resultados distintos dos previstos nas pesquisas. A maior surpresa foi a votação de Aécio, que na pesquisa de sexta-feira, do Ibope, estava empatado tecnicamente com Marina, mas teve 12 pontos percentuais a mais que a candidata do PSB. Contrariam as pesquisas também a eleição de Rui Costa (PT) na Bahia no primeiro turno, a votação de José Serra (PSDB) para o Senado em São Paulo, a de Crivella (PRB) no Rio para disputar o segundo turno contra Pezão (PMDB), no lugar de Garotinho, e a liderança de José Ivo Sartori (PMDB) no Rio Grande do Sul.
Antes mesmo de abertas as urnas, a campanha de Dilma tratou de anunciar que não teme debater sobre corrupção com Aécio, numa antecipação do tema e do clima de radicalização política que devem marcar a disputa no segundo turno. A polarização agrada o PT, que deve adotar a mesma estratégia que deu certo nas duas últimas eleições, a do "nós contra eles". Dilma disse à noite que o PSDB governou apenas para um terço da população e "virou as costas para o povo".
Para o PSDB, seria fundamental contar com o apoio de Marina e do PSB no segundo turno. "Não vamos nos dispersar", disse Aécio à noite, citando frase de seu avô Tancredo Neves, e fez uma "reverência" a Eduardo Campos, morto em agosto. Ao Valor, um assessor próximo de Marina disse que a chance de um apoio a Dilma é "igual a zero".
Fonte: Valor econômico