Bolsa sofre com indefinição eleitoral

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O último pregão da bolsa brasileira antes do primeiro turno das eleições presidenciais será de volatilidade ao extremo.

O último pregão da bolsa brasileira antes do primeiro turno das eleições presidenciais será de volatilidade ao extremo.

As duas pesquisas divulgadas ontem à noite - Ibope e Datafolha - apenas serviram para reforçar o clima de incerteza sobre a corrida ao Palácio do Planalto. O único fato quase certo a essa altura é que a disputa não acabará no domingo, devendo se arrastar até o dia 26, quando acontece o segundo turno.

Além de tentar entender as diferenças nos números dos dois levantamentos, o investidor também passará a sexta-feira lendo análises e comentando o desempenho dos presidenciáveis no último debate na televisão, promovido pela TV Globo ontem à noite.

Enquanto o Ibope mostrou avanço de Dilma Rousseff no primeiro (de 39% para 40%) e no segundo turnos (de 42% a 43% contra Marina Silva, e de 45% para 46% frente a Aécio Neves), no Datafolha, a candidata à reeleição ficou estável em 40% no primeiro turno e caiu no segundo turno, de 49% para 48% contra Marina, e de 50% para 48% contra Aécio.

Marina Silva, por sua vez, voltou a perder espaço no primeiro turno nas duas pesquisas, enquanto Aécio Neves ficou estável no Ibope e avançou um ponto no Datafolha, para 21%, configurando empate técnico com Marina (24%).

Logo, o rival de Dilma Rousseff em um provável segundo turno é uma incógnita a apenas três dias das eleições. Um especialista lembra que o quadro destas eleições lembra muito o de 1989, quando Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola disputavam voto a voto quem enfrentaria Fernando Collor no segundo turno.

Além da corrida presidencial, a Bovespa também poderá sentir influência do cenário externo, com a divulgação do dado de geração de emprego nos Estados Unidos. O dado é uma das referências usadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para definir o rumo da política monetária dos EUA.

Uma geração de empregos muito forte pode levar os investidores a temer que o Fed eleve os juros já no começo do ano que vem, pressionando as bolsas, especialmente nos mercados emergentes, como o Brasil. Economistas preveem a criação de 215 mil vagas nos EUA em setembro, frente aos 142 mil empregos gerados em agosto.

Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,25%, aos 53.518 pontos, depois de mais um pregão volátil. Na mínima do dia, pela manhã, o índice chegou a cair 1,94%, diante da decepção dos investidores com a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O presidente do BCE, Mario Draghi, não deu esperados detalhes sobre o programa de compra de títulos destinado a ajudar no fortalecimento da economia do bloco.

À tarde, o quadro mudou e o Ibovespa chegou a subir mais de 2% com uma nova safra de boatos eleitorais, de um suposto avanço de Aécio Neves nas pesquisas.

Entre as principais ações do índice, Itaú PN (3,33%, a R$ 34,06), Petrobras PN (1,22%, a R$ 17,30), Bradesco PN (3,09%, a R$ 34,61) e Vale PNA (2,62%, a R$ 24,28) mostraram ganhos expressivos. Das ações do "kit eleição", Banco do Brasil ON (-0,97%, a R$ 25,45) e Eletrobras ON (-1,42%, a R$ 6,21) ficaram na mão contrária.

 

 Fonte: Valor econômico

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