Governo não "sacrificará" ações do BB para cumprir superavit, diz Caffarelli

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O governo não vai vender ações do Banco do Brasil em poder do Fundo Soberano, a ponto de comprometer o valor dos papéis da instituição financeira, por exemplo, em uma oferta pública, com o objetivo de cumprir meta fiscal de superavit primário de 1,9% do PIB.

O governo não vai vender ações do Banco do Brasil em poder do Fundo Soberano, a ponto de comprometer o valor dos papéis da instituição financeira, por exemplo, em uma oferta pública, com o objetivo de cumprir meta fiscal de superavit primário de 1,9% do PIB.

A afirmação é do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que abriu o congresso mundial da Iosco (entidade internacional das comissões de valores mobiliários) no Rio, que reúne os reguladores do mercado de capitais de todo o mundo.

Caffarelli, no entanto, não descartou a venda dessas ações. Disse apenas que se isso ocorrer não será na forma de uma oferta pública, que jogasse o valor das ações para baixo.

Secretário afirmou que ainda não tem nada definido sobre o uso do Fundo Soberano para o país cumprir sua meta de economia dos gastos públicos para o pagamento de juros, o superavit primário.

Caffarelli disse ainda que não está descartado o cumprimento da meta fiscal, apesar de a arrecadação com o leilão de telefonia 4G ter arrecadado apenas R$ 5,87 bilhões -o governo esperava cerca de R$ 8 bilhões. "Ainda temos três meses pela frente. E o segundo semestre está parecendo bem melhor do que o primeiro", disse.

O secretário evitou comentar o resultado das pesquisas eleitorais e seu efeito nos mercados.

Diante de uma plateia de mais de 500 pessoas, a maioria dirigentes do mercado de capitais brasileiro e estrangeiro, Caffarelli fez que estão de reafirmar o compromisso do governo Dilma Rousseff com o chamado tripé macroeconômico: controle dos gastos públicos, câmbio flutuante e as metas de inflação.

Ex-vice presidente do BB, o secretário Caffarelli se tornou um dos poucos interlocutores do governo Dilma com os bancos e é cotado para substituir o ministro Guido Mantega no ministério da Fazenda em um eventual segundo mandato. 

Fonte: Folha de São Paulo 

 

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