A "freada de arrumação" no mercado imobiliário não vai limitar os investimentos dos fundos de pensão no setor, e representa até uma oportunidade de ganhos, se o investimento for bem feito. Esta é a visão dos analistas ouvidos pelo Valor sobre o que esperar da presença dos imóveis na carteira de investimentos das fundações.
A "freada de arrumação" no mercado imobiliário não vai limitar os investimentos dos fundos de pensão no setor, e representa até uma oportunidade de ganhos, se o investimento for bem feito. Esta é a visão dos analistas ouvidos pelo Valor sobre o que esperar da presença dos imóveis na carteira de investimentos das fundações.
"Hoje há muitas oportunidades, as grandes construtoras estão digerindo seus problemas e operações como a permuta de terrenos reapareceram", avalia Carlos Garcia, sócio-fundador da Itajubá Investimentos. Ele vê o mercado com bolsões de preços muito elevados, sendo a zona sul da cidade do Rio de Janeiro o maior de todos. Mas considera que no Brasil como um todo o mercado segue atrativo.
Segundo estatísticas consolidadas da Abrapp, os investimentos em imóveis representavam 4,5% das carteiras dos fundos.
De acordo com Mauricio Wanderley, diretor de investimentos e finanças da Valia e coordenador da Comissão Técnica de Investimentos da Abrapp, essas estatísticas são deprimidas quando são somadas todas as fundações, mas não espelham a participações dos imóveis nas que ele chama de "carteiras mais diferenciadas", leia-se, as fundações de maior porte.
De acordo com Wanderley, a Previ, maior fundação do mercado, e a Valia (no Plano de Benefício Definido), por exemplo, têm cerca de 10% investidos em imóveis. No conjunto dos planos, o dado de agosto da Valia apresenta R$ 1,32 bilhão aplicado na rubrica "investimentos imobiliários", o que representa 7,4% da carteira total de R$ 17,85 bilhões da fundação.
O diretor da Valia entende que o segmento de imóveis é fundamental na estratégia dos fundos de pensão, que precisam focar sempre no longo prazo.
Fonte: Valor econômico