Estrangeiro mantém compra de ações na bolsa

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O Ibovespa chegou ao sexto pregão seguido de baixa ontem, com recuo de 0,81%, aos 58.199 pontos, depois de mergulhar mais de 2% no pior momento do dia. Desde fevereiro de 2013 - quando caiu por sete pregões consecutivos - a bolsa não passava por fase tão negativa.

O Ibovespa chegou ao sexto pregão seguido de baixa ontem, com recuo de 0,81%, aos 58.199 pontos, depois de mergulhar mais de 2% no pior momento do dia. Desde fevereiro de 2013 - quando caiu por sete pregões consecutivos - a bolsa não passava por fase tão negativa.

Naquela época, a possibilidade de aumento dos juros no Brasil para tentar conter a disparada da inflação e as dúvidas sobre o início da retirada dos estímulos da economia americana pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eram os principais motivos de preocupação dos investidores.

Agora, a culpa é da reversão das expectativas para a corrida presidencial, com a recuperação de Dilma Rousseff (PT) nas últimas pesquisas. "Como não há eventos relevantes na agenda econômica, o mercado opera dentro de um casulo, influenciado pelo cenário eleitoral", diz o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi.

Apesar da queda expressiva - o Ibovespa acumula perda de 6% em seis pregões - nem todo mundo está vendendo na bolsa brasileira. Os estrangeiros, pelo contrário, estão atuando pesado na ponta compradora do mercado.

Na segunda-feira (8), quando o Ibovespa mergulhou 2,45%, os estrangeiros compraram R$ 942 milhões em ações brasileiras.

Foi a maior entrada de capital externo num único dia desde 13 de agosto (R$ 963 milhões). No acumulado deste mês, o fluxo de capital externo já mostra entrada líquida de R$ 2 bilhões.

"O juro está praticamente zerado na Europa, no Japão e nos Estados Unidos. Há uma busca global por 'yield' [rentabilidade]", explica o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala. Ele lembra que há um excesso de liquidez no mundo e que, mesmo em um cenário de aumento de juros nos Estados Unidos no próximo ano, ainda haverá muito dinheiro "sobrando".

"O BCE [Banco Central Europeu] sinalizou novos estímulos na reunião da semana passada. Está se abrindo mais uma janela de liquidez. São quase US$ 1 trilhão. O Japão também está promovendo uma grande expansão de liquidez para incentivar sua economia", explica Gala.

E não são apenas os grandes investidores internacionais que estão vendo oportunidades na bolsa brasileira, mesmo diante da correção acentuada dos últimos dias. Aos poucos, as pessoas físicas estão voltando à Bovespa.

A intensa volatilidade das últimas semanas fez a Bovespa bater recordes seguidos de negociação de minicontratos de Ibovespa Futuro. O produto vem caindo no gosto dos "traders" - investidores pessoas físicas acostumados a realizar operações de maior risco.

Na terça-feira, a BM&FBovespa negociou 454 mil contratos desse tipo, superando o recorde anterior, de 392,5 mil, registrado na semana passada. O minicontrato reproduz a mesma lógica de negociação do contrato "cheio" de Ibovespa Futuro, mas custa apenas uma fração dele, o que viabiliza sua negociação pelo pequeno investidor. Enquanto cada ponto do índice representa R$ 1 no contrato cheio, no mini vale R$ 0,20. A garantia a ser depositada para negociar o ativo também é menor.

O lucro da operação consiste na diferença de pontos do índice entre o momento da compra e da venda do contrato. Quanto maior a volatilidade, as oscilações tendem a crescer, favorecendo os ganhos nas operações, especialmente no "day trade", de compra e venda no mesmo dia. Também é possível operar "vendido", ou seja, apostar na queda do mercado.

"É um produto bastante especulativo e ideal para o 'trader', pois permite operar com grande alavancagem, boa liquidez, risco mais baixo do que uma opção e custo menor", explica o diretor da Clear Corretora, Roberto Lee.

O diretor comercial da UM Investimentos, Rafael Giovani, comenta que a pessoa física, que andava "sumida" do mercado, reapareceu nas últimas semanas, atraída pelo rali da Bovespa. "Elas ficaram machucadas no passado recente, mas estão voltando aos poucos, em busca de novidades." Além do minicontrato de Ibovespa Futuro, o mini de dólar também está atraindo investidores, de olho na arrancada recente da moeda, afirma Giovani.

 

 Fonte: Valor econômico

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