Setembro começou com a inflação pulsando. Às vésperas das eleições, os indicadores oficiais seguem confirmando a alta no custo de vida do brasileiro. Na primeira medição deste mês, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em seis das sete capitais pesquisadas, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou ontem. A variação foi de 0,21%, uma alta de 0,09 ponto percentual em relação à última apuração, no fim de agosto.
Setembro começou com a inflação pulsando. Às vésperas das eleições, os indicadores oficiais seguem confirmando a alta no custo de vida do brasileiro. Na primeira medição deste mês, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em seis das sete capitais pesquisadas, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou ontem. A variação foi de 0,21%, uma alta de 0,09 ponto percentual em relação à última apuração, no fim de agosto.
Brasília registrou o maior salto na inflação do período: pulando de 0,26% para 0,46%, com destaque para as altas nos valores das passagens aéreas (7,72%), da conta de luz residencial (6,16%) e do leite do tipo longa vida (4,04%). Em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com variação de 0,38%. Mesmo em São Paulo, único lugar onde os preços médios caíram, o arrefecimento perdeu força (veja quadro).
A alimentação voltou a ter peso importante no aumento geral dos preços, sobretudo em virtude da disparada dos alimentos in natura. Segundo André Braz, economista da FGV, a tendência é de o custo de outros itens desse segmento, como carnes, também subir nas próximas semanas. “Há uma clara aceleração em curso dos preços dos alimentos”, disse. As liquidações no comércio, emendou Braz, diminuíram a pressão inflacionária sobre o vestuário, mas não conseguiram segurar o índice.
Cautela
Para Felipe Chad, sócio da DXI Planejamento Financeiro, o avanço generalizado dos preços exige atenção e cautela dos consumidores. “Os indicadores não nos fazem acreditar que a inflação está sob controle. Pelo contrário: a tendência é que ela continue nos assustando”, alertou. Ele pontuou que, se os preços controlados pelo governo, como os de combustíveis, não estivessem artificialmente represados, a situação estaria ainda pior. “O certo é que não era para a inflação estar nesses níveis”, lamentou.
» Em aceleração
Carestia ganha força em seis das sete capitais
pesquisadas na primeira semana de setembro
Brasília lidera a escalada (em %)
31/8 7/9
Brasília 0,26 0,46
Rio de Janeiro 0,34 0,38
Porto Alegre 0,26 0,32
Salvador 0,18 0,31
Recife -0,05 0,27
Belo Horizonte 0,14 0,26
São Paulo -0,15 -0,11
Os vilões (em %)
Passagem aérea 7,72
Tarifa de eletricidade 6,16
Leite longa vida 4,04
Perfume 2,34
Salão de beleza 1,94
Fonte: Correio Braziliense