Sebastião Salgado chama atenção para destruição acelerada do meio ambiente

Tamanho da Letra:

Sebastião Salgado espera que a exposição Genesis, em cartaz no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) a partir de hoje, sensibilize o poder público. Durante a entrevista coletiva para divulgar o trabalho na tarde de segunda-feira, o fotógrafo fez um apelo. “Queria pedir a vocês que nos ajudem a mostrar para a classe dirigente desse país o que o corpo desse trabalho representa”, disse, antes de começar a falar sobre as 245 fotografias que compõem a exposição. Salgado acredita que, para salvar os 46% ainda intactos do planeta, é preciso trabalhar juntos e a classe política é parte fundamental da engrenagem.

Sebastião Salgado espera que a exposição Genesis, em cartaz no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) a partir de hoje, sensibilize o poder público. Durante a entrevista coletiva para divulgar o trabalho na tarde de segunda-feira, o fotógrafo fez um apelo. “Queria pedir a vocês que nos ajudem a mostrar para a classe dirigente desse país o que o corpo desse trabalho representa”, disse, antes de começar a falar sobre as 245 fotografias que compõem a exposição. Salgado acredita que, para salvar os 46% ainda intactos do planeta, é preciso trabalhar juntos e a classe política é parte fundamental da engrenagem.

O fotógrafo percorreu 32 regiões da Terra durante oito anos para encontrar as imagens deGenesis. De paisagens inóspitas como as planícies da Sibéria e as montanhas da Etiópia ao cotidiano de povos autóctones que vivem isolados, o fotógrafo mineiro foi em busca do planeta na tentativa de encontrar regiões intocadas pela vida moderna. Para ele, o homem se desligou do planeta e de sua condição animal para viver o desenvolvimento da civilização e, nesse processo, acabou por destruir o meio ambiente.

Quando terminou Êxodos, o longo ensaio sobre as migrações humanas, Salgado estava descrente em relação à espécie e convicto de que o homem caminhava para seu próprio extermínio. “Cheguei até a pensar em parar de fotografar”, contou. Genesis trouxe a esperança de volta, mas o fotógrafo ainda não está convicto de que o homem fará parte do futuro do planeta. “Vivendo o que vivi em fotografia, viajando o que viajei, vendo o que eu vi, sinto e acho que vai ser um retorno espiritual que vamos ter que fazer. Vamos ter que reduzir a velocidade, vamos ter que respeitar mais o planeta, vamos ter que nos aceitar como espécie animal, aceitar que não somos a única espécie racional”’, diz.

Genesis começou no interior de Minas Gerais, na Serra dos Aimorés, onde o fotógrafo nasceu. Foi enquanto desenvolvia o projeto de recuperação da Mata Atlântica em uma fazenda herdada do pai que ele sentiu necessidade de se aproximar mais da natureza. Em 1998, Salgado e a mulher, Lélia, criaram o Instituto Terra para trabalhar com projetos de educação ambiental e recuperação de áreas deterioradas. Desde então, foram mais de 2 milhões de árvores plantadas nos 709 hectares da Fazenda Bulcão, transformada em Reserva Particular de Patrimônio Natural.

Genesis
Exposição de Sebastião Salgado. Curadoria: Lélia Wanick Salgado. Visitação até 20 de outubro, de quarta a segunda, das 9h às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB – SCES Trecho 2).

Fonte: Correio Braziliense

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900