Carteira eleição

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A pouco mais de um mês para as eleições, as indicações para a bolsa em setembro estão concentradas nos papéis que mais têm oscilado ao sabor das pesquisas de intenções de votos. Petrobras lidera, apontada por 5 das 12 instituições que compõem a Carteira Valor. A estatal ganhou um voto adicional em relação aos quatro de agosto, mesmo depois da forte alta no mês. O papel preferencial (PN, sem voto), eleito por três instituições, subiu 22% em agosto, enquanto o ordinário (ON, com direito a voto), com duas indicações, andou 23%.

A pouco mais de um mês para as eleições, as indicações para a bolsa em setembro estão concentradas nos papéis que mais têm oscilado ao sabor das pesquisas de intenções de votos. Petrobras lidera, apontada por 5 das 12 instituições que compõem a Carteira Valor. A estatal ganhou um voto adicional em relação aos quatro de agosto, mesmo depois da forte alta no mês. O papel preferencial (PN, sem voto), eleito por três instituições, subiu 22% em agosto, enquanto o ordinário (ON, com direito a voto), com duas indicações, andou 23%.

"O cenário para a bolsa hoje é igual a cenário eleitoral", destaca Roberto Indech, responsável pela área de estratégia da Octo Investimentos, apesar de ponderar que fatores externos devem contribuir para trazer mais volatilidade, como a questão geopolítica na Ucrânia e a possibilidade de aumento de juro nos Estados Unidos. O foco nas urnas leva à concentração das recomendações da casa em ações vinculadas ao ambiente interno, como o setor financeiro.

Bancos e instituições financeiras, de fato, concentram as recomendações para setembro. Itaú Unibanco e BB Seguridade receberam quatro indicações cada, enquanto Bradesco e BM&FBovespa ficaram com duas. Completam o portfólio BRF, com quatro indicações, Vale, com três, Estácio, com três, e Cosan, com duas citações.

Ainda que a maior parte das ações eleitas venha surfando a onda eleitoral, com ganhos que superaram os 20% em agosto, as casas de análise são cuidadosas em atrelar as indicações ao cenário eleitoral e buscam apontar fundamentos para as apostas.

No caso de Petrobras, a Ativa Corretora considera que, mesmo que não sejam anunciados novos reajustes nos preços dos combustíveis, a estabilização tanto do preço do petróleo no mercado internacional quanto do dólar em relação ao real deverão contribuir para melhores resultados trimestrais. Apesar de o cenário seguir desafiador para a companhia, afirmam os analistas da casa, a estatal será capaz de fazer a produção crescer cerca de 6% ao ano. Para a Ativa, o papel segue descontado.

A Votorantim Corretora destaca que a empresa está finalmente entregando melhores dados de produção, principalmente com base na produção do pré-sal, o que traz uma perspectiva otimista de longo prazo. Para o próximo ano, os analistas dizem acreditar que o preço dos combustíveis vai subir, reduzindo o déficit em relação aos valores internacionais.

O BB Investimentos manteve a indicação para Petrobras, mas trocou o papel PN por ON, pela expectativa de que a ação ordinária volte a colar na preferencial ou até a valer mais do que ela, como era comum no passado. As ações PN ultrapassaram as ON em abril. "Em agosto esse diferencial começou a fechar e, em setembro, a tendência mostra um 'spread' que se fecha lentamente", diz Hamilton Alves, analista sênior do BB Investimentos. Ele aponta que o estrangeiro, dono de um fluxo vigoroso para a bolsa brasileira no momento, costuma preferir a ação ordinária.

 

A corretora do Santander indica Petrobras pela "potencial melhora dos indicadores de produção". Os analistas da casa afirmam, em relatório, que decidiram incluir nas indicações ações e setores com uma maior relação entre risco e retorno, em linha com a opinião da casa de que o Ibovespa deve buscar os 65 mil pontos até o fim do ano. Ontem o índice chegou a ser negociado ao patamar de 62 mil pontos, não visto desde janeiro de 2013, puxado pelas ações de estatais.

Santander indica também Cosan, citando a perspectiva de melhora nos próximos meses do preço do etanol, que, com o açúcar, responde por cerca de 30% dos resultados da companhia. A Citi Corretora aponta uma expectativa de melhora no cenário para o setor em que a empresa atua em função dos ajustes nos preços de combustíveis derivados do petróleo.

As ações da Cosan subiram 25% em agosto, acompanhando o crescimento de Marina Silva nas pesquisas para presidente. Em entrevista ao Valor, João Paulo Capobianco, articulador da candidata junto ao agronegócio, disse que o subsídio à gasolina era um equívoco e que um governo PSB trabalharia para "retirar todos os mecanismos que estão sendo colocados pelo atual governo e que estão levando o setor ao colapso", em referência ao biocombustível. "O Brasil é o país do etanol", disse.

Fonte: Valor econômico

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