Especialistas apontam que é possível economizar independente da opção escolhida.
Especialistas apontam que é possível economizar independente da opção escolhida.
Ir ao mercado, encher o carrinho, levar para casa, preparar as refeições, servir, lavar e guardar a louça suja. Para fugir de todas essas etapas, muita gente opta por comer fora. Uma opção mais prática. Mas será que compensa financeiramente?
O economista e professor universitário Ênio Coan afirma que essa tendência está aumentando no Brasil. Com a mudança nos perfis das famílias (que são cada vez menores e com pessoas que passam boa parte do dia fora de casa), é natural que aumente o interesse pela alimentação em restaurantes e bares.
Segundo Coan, hoje em dia é muito comum a independência nos hábitos alimentares. Cada pessoa leva em conta os horários, hábitos e preferências particulares na hora da alimentação. Os almoços em família são cada vez mais raros, exceto em ocasiões especiais.
“Especialmente para quem vive sozinho ou que tem famílias com poucas pessoas, pode ser uma boa. Cozinhar em casa, além do trabalho e do desgaste, também faz com que haja sobras de alimentos que acabam sendo jogados fora”, destaca.
O economista afirma que comer fora de casa pode, sim, ser mais barato, especialmente para quem se encaixa no exemplo acima e vive nas grandes cidades. Isso por que os gastos com a mobilidade fazem com que aumentem os custos para ir para casa fazer as refeições e voltar ao local de trabalho, estudo ou outras atividades. Mas, para isso, é preciso buscar as opções mais viáveis.
“É preciso considerar as alternativas que existem hoje, especialmente os restaurantes que oferecem refeições por quilo, e servir apenas o que vai efetivamente comer. O preço fica ainda mais vantajoso para quem segue uma dieta composta de verduras ou legumes, já que o prato fica menos pesado”, afirma.
Segundo Coan, é comum ver notícias na imprensa que dão conta de aumentos nos custos da alimentação fora de casa. Entretanto, ele afirma que esses crescimentos são atrelados a aumentos naturais dos custos dos insumos, o que faz com que suba também o preço da alimentação preparada na própria residência.
“O aumento acontece, sim, mas é algo normal na economia, e afeta tanto quem come em casa como quem come fora”, pontua.
Para quem já fez as contas e não identificou vantagem na alimentação em restaurantes, preferindo cozinhar em casa, também é preciso atenção para economizar. O instituto Akatu, que prega o consumo consciente, divulgou recentemente uma série de orientações. Entre elas, planejar o cardápio para uma semana inteira, definindo as refeições de cada dia. Isso permite que as compras sejam feitas de forma mais racional, evitando desperdícios.
No supermercado também é preciso escolher bem o que comprar. As frutas da estação são mais saborosas e mais baratas que as demais. Também é uma boa dica reciclar as sobras de alimentos. O feijão pode virar uma sopa, enquanto purês de batatas, carnes e outros alimentos podem ser processados para que se tornem bolinhos.