Bancos se voltam para o segmento

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A vontade de ter o próprio negócio e o bom desempenho do setor levaram grandes bancos a olhar com mais atenção para o segmento de franquias. Desde o ano passado algumas instituições oferecem linhas de crédito para quem precisa de menos dinheiro para ingressar na atividade que escolheu. Pacotes de serviços que incluem assessoria financeira passaram a incrementar o atendimento.

A vontade de ter o próprio negócio e o bom desempenho do setor levaram grandes bancos a olhar com mais atenção para o segmento de franquias. Desde o ano passado algumas instituições oferecem linhas de crédito para quem precisa de menos dinheiro para ingressar na atividade que escolheu. Pacotes de serviços que incluem assessoria financeira passaram a incrementar o atendimento.

Bradesco e Santander são exemplos de bancos que desenharam produtos que atendem às microfranquias - cujo investimento inicial geralmente não supera os R$ 80 mil. "O setor cresce dois dígitos há algum tempo e é possível que continue crescendo acima da média do mercado", diz João Carlos Gomes da Silva, diretor de comercialização de produtos e serviços do Bradesco. "É um meio dinâmico. Há sempre alguma marca chegando ao país". Apesar de a economia brasileira apresentar sinais de desempenho mais fraco, o número de novas marcas deve crescer 8% neste ano, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

 

De olho nesse movimento, há cerca de seis meses o Bradesco lançou o Cred Investimento. Com prazo de devolução de 72 meses, a opção permite retirar até 70% do valor necessário para o investimento - não menos do que R$ 50 mil -, e há carência de seis meses. Há ainda outra opção que possibilita empréstimos inferiores a R$ 80 mil com prazo de 24 meses e até 60 dias de carência. Segundo Silva, além de diversificar a oferta de produtos de crédito para esse público, o banco criou linhas de produtos e serviços em condições especiais. Um dos benefícios é a aprovação rápida do crédito.

"Quando nos procura, o franqueado já passou pelo crivo do franqueador", explica o executivo. E ainda, pode ser menor o desembolso de tarifas e taxas de juros, que variam de 0,30% ao mês para cima - o que é definido conforme o perfil do cliente, ressalta Silva. Mesmo em ano de economia frouxa, o Bradesco espera aumentar em 13% a rede hoje formada por 300 convênios, a mesma proporção dos últimos cinco anos.

Os interessados em abrir microfranquias também encontram opções recém-lançadas no Santander. O banco financia até 75% do valor de projetos cujo investimento inicial não ultrapasse R$ 80 mil. Para quem financia até R$ 15 mil as taxas variam entre 2% a 2,5% ao mês, com prazos de quatro a 24 meses para pagar. Acima desse valor até o teto de R$ 60 mil, as taxas são de 3,5% mensais, com mesmo prazo máximo para a devolução.

Segundo Cristiane Nogueira, superintendente executiva de segmentos do Santander, a linha está disponível em 500 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Bahia. Faz parte da estratégia assessorar financeiramente esse cliente. Assim, as áreas de Pequenas e Médias empresas e Microcrédito do banco analisam da rede franqueadora, sua saúde financeira e plano de negócios. Para franquias, que exigem maior volume de investimento, há a opção Santander Crédito com Garantia de Imóvel com juros mensais de 1,33% a 1,65% e prazo para pagamento de um a 15 anos.

Entre os bancos públicos, o Banco do Brasil aposta no pacote de produtos e serviços para ganhar clientes. Por meio do programa BB Franquia clientes têm acesso a soluções de crédito com taxas mais interessantes, além de ferramentas para gestão da franquia e assessoria dos agentes do banco, condicionado a convênio com a instituição. Entre as linhas mais utilizadas, está a Proger Urbano Empresarial - que financia até 80% de projetos de até R$ 600 mil, com prazo de até 72 meses e juros equivalentes a 0,61% ao mês. A carência é de um ano.

Segundo Adilson Anísio, diretor de micro e pequenas empresas do BB, a linha é destinada a companhias com faturamento anual até R$ 7,5 milhões. É possível expandir atividades, reformar instalações, comprar máquinas, equipamentos e veículos e também financiar a taxa de franquia em conjunto com os demais itens do negócio.

Apesar dessas alternativas, o brasileiro que pretende abrir uma franquia deve ter parte do dinheiro, dizem especialistas. "Nem tudo deve vir de financiamentos bancários", comenta Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers. "O dinheiro para a taxa de franquia e capital de giro para cinco meses deve estar na mão", sugere. Para dispor dessa verba, o professor Leandro Silva, do centro universitário Newton Paiva, especialista em franquias, diz que vale reduzir patrimônio. "Se a pessoa tem dois ou três carros, vale vender dois para investir na empresa que quer abrir", diz. "Em vez de transformá-los em garantias na hora de pegar um financiamento, o dinheiro está na mão e assim se mitigam os riscos do endividamento".

Fonte: Valor econômico

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