Petrobras sobe 5% com expectativa eleitoral

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A Bovespa teve um novo rali eleitoral ontem, com as ações da Petrobras atingindo seu maior preço em mais de dois anos.

A Bovespa teve um novo rali eleitoral ontem, com as ações da Petrobras atingindo seu maior preço em mais de dois anos.

Circularam nas mesas de operação rumores de que Marina Silva (PSB) estaria com larga vantagem sobre Aécio Neves (PSDB), encostando na candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). As especulações teriam como origem as pesquisas "clones" - encomendadas por grandes bancos, que reproduzem as pesquisas oficiais, mas não são divulgadas publicamente.

O Ibovespa subiu 2,27%, para 59.735 pontos. Trata-se do maior nível do índice desde 1º de fevereiro de 2013 (60.351 pontos). O volume financeiro ficou dentro da média diária, com R$ 6,150 bilhões negociados.

Pela agenda próxima carregada de eventos relacionados à corrida presidencial - pesquisas, debates, entrevistas e propaganda eleitoral -, tudo indica que a bolsa brasileira continuará volátil ao longo da semana, tendo o noticiário político como pano de fundo.

O mercado aguarda a divulgação de pelo menos duas pesquisas oficiais nesta semana: Ibope, hoje à noite, e Datafolha, na sexta-feira. Além disso, acontecerá hoje à noite o primeiro debate entre os candidatos à Presidência, na TV Bandeirantes. Na quarta à noite, Marina será sabatinada no "Jornal Nacional", da Rede Globo. Também na quarta, à tarde, Aécio concede entrevista ao site do jornal "O Estado de S. Paulo".

As ações apelidadas por operadores de "kit eleições" - de empresas mais sensíveis à intervenção do governo, como as estatais Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil, e também os demais bancos e elétricas - concentraram os ganhos do dia.

Investidores focam nas compras desses papéis, apostando que essas empresas terão um melhor desempenho caso Dilma não seja reeleita. O governo da atual presidente é considerado excessivamente intervencionista, tendo afetado essas empresas ao longo da sua gestão.

O cenário externo também colaborou para a alta da bolsa brasileira, com investidores reagindo às declarações dadas pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, durante o encontro de banqueiros centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos. Draghi sinalizou que o BCE poderá lançar mão de medidas de estímulo para ativar o crescimento da economia europeia.

Petrobras PN (5,35%, para R$ 22,04) liderou os ganhos do Ibovespa e registrou sua maior cotação desde 14 de março de 2012 (R$ 22,10). Na sequência, vieram outras ações do "kit eleições": Petrobras ON (5,22%), Banco do Brasil ON (3,34%), Bradesco PN (2,84%) e Itaú PN (2,48%).

"Enquanto a empolgação com o BCE ajudou os mercados lá fora, aqui o mercado subiu com expectativas sobre as pesquisas, que devem vir mais favoráveis a Marina Silva", comentou o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi.

Apenas 8 das 70 ações do Ibovespa fecharam no vermelho, entre elas, Bradespar PN (-1,59%) e Vale PNA (-0,78%). Segundo Galdi, da SLW, as ações da Vale e da Bradespar sentiram a queda do preço do minério no mercado chinês. A commodity recuou 2,1% ontem e fechou a US$ 89,20 por tonelada.

"A falta de crescimento da demanda chinesa deixa o sentimento mais pessimista. E o aumento da produção [global de minério de ferro] está maior do que o previsto anteriormente", disse a analista Melinda Moore, do Standard Bank.

 Fonte: Valor econômico

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