O lançamento do fundo de debêntures de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ficar para 2015. A ideia era lançá-lo no segundo semestre deste ano, mas o prazo foi estendido em função do cenário eleitoral e da redução na velocidade de emissão de debêntures.
O lançamento do fundo de debêntures de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ficar para 2015. A ideia era lançá-lo no segundo semestre deste ano, mas o prazo foi estendido em função do cenário eleitoral e da redução na velocidade de emissão de debêntures.
"Continuamos tentando fechar o fundo em dezembro, mas talvez a gente não consiga", disse o gerente do departamento de mercado de capitais do BNDES, Daniel Wajnberg. O fundo terá carteira de R$ 1 bilhão, sendo que R$ 500 milhões já estão subscritos. O conceito do BNDES é trabalhar com emissões de debêntures de infraestrutura de menor porte, a maioria inferior a R$ 100 milhões.
"O emissor de debêntures de porte menor não tem tanto incentivo de fazer uma oferta ampla, que chegue ao investidor de varejo. A ideia é comprar debêntures que tiveram pouca distribuição, formar carteira maior e fazer distribuição ampla por meio do fundo", diz Wajnberg. Assim, investidores estrangeiros e pessoas físicas terão mais acesso às debêntures.
Por enquanto, o BNDES está desenvolvendo um fundo. Mas, a depender da receptividade, a ideia é que se torne um mecanismo perene. O fundo é de infraestrutura, composto por emissões de hidrelétricas, eólicas, transmissão, rodovias e aeroportos. O lançamento será via oferta pública. Dos três aeroportos leiloados em 2012 - Viracopos, Guarulhos e Brasília -, os dois primeiros já emitiram debêntures e podem entrar no fundo.
"Guarulhos foi uma emissão de R$ 300 milhões, não foi tão grande, mas é um aeroporto que tem potencial para uma emissão maior ainda", disse o chefe do departamento de logística do banco, Cleverson Aroeira. Na primeira emissão, as obras estavam no começo, então talvez não fosse adequado um volume de emissão maior. "O papel do BNDES e de outros agentes foi de comprar essa debênture [no momento] que o mercado teria mais restrições."
O banco tem conversado com muitos investidores. "Todo mundo acha uma ótima ideia, obviamente tudo acaba caindo em uma questão de preço. A questão é qual vai ser a taxa que os investidores vão pedir para as cotas desse fundo. Vai depender da carteira final que a gente vai ter, se nossa carteira tiver um rating muito bom, o custo é menor. Vai depender do tamanho da subordinação do BNDES", diz Wajnberg.