Para o presidente da Febraban, Murilo Portugal, as medidas aprovadas ontem pelo Banco Central e, sobretudo, o novo marco regulatório para dar segurança às garantias das operações de crédito divulgado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vão ter importantes efeitos. No curto prazo, elas vão se refletir numa melhoria das expectativas e no médio e longo prazo terão impactos positivos na redução do custo e na ampliação da oferta de crédito no país.
Para o presidente da Febraban, Murilo Portugal, as medidas aprovadas ontem pelo Banco Central e, sobretudo, o novo marco regulatório para dar segurança às garantias das operações de crédito divulgado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vão ter importantes efeitos. No curto prazo, elas vão se refletir numa melhoria das expectativas e no médio e longo prazo terão impactos positivos na redução do custo e na ampliação da oferta de crédito no país.
O leque de mudanças, seja para uma recuperação mais tempestiva das garantias, em caso de inadimplência, ou para o uso de um imóvel quitado para garantir uma operação de crédito com recursos da poupança, dentre várias outras propostas de mudanças legais anunciadas pelo governo, estavam sendo discutidas com a Fazenda já há algum tempo.
Portugal avalia que elas poderão ter o mesmo impacto sobre a expansão do crédito que tiveram um conjunto de medidas do governo Lula - Lei de falência, consignado, patrimônio de afetação - na relação do crédito sobre o PIB. Em dez anos, de 2004 para cá, o crédito passou de 26% do PIB para cerca de 56% do conjunto das riquezas nacionais. Nos próximos dez anos, avalia o presidente da Febraban, o Brasil poderá estar, com a devida prudência, no mesmo patamar do Chile, cujo crédito representa 86% do PIB.
De imediato, o efeito pode não ser grande pois há também uma restrição da demanda. Mas certamente, segundo ele, vai melhorar as expectativas e a confiança dos agentes econômicos. "A demanda depende também do preço e se o preço do crédito cair, a demanda vai aumentar", disse.
Fonte: Valor econômico